Prévia do IPCA acelera a 0,33%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 – prévia da inflação oficial no país – subiu 0,33% em novembro, após avanço de 0,21% em outubro, de 0,35% em setembro e 0,28% em agosto. Houve deflação de 0,07% em julho e aumento de 0,04% em junho, depois de cair 0,51% em maio e subir 0,57% de abril.  
 
Fechou março em 0,69%, após avanço de 0,76% em fevereiro e aumento de 0,55% em janeiro. Em novembro de 2022, o IPCA-15 tinha registrado alta de 0,53%. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A inflação de 0,33%é o resultado mais baixo para o mês desde 2019, quando subiu 0,14%. 
 
No ano, o avanço chega a 4,30%, contra 3,96% até outubro. A taxa do IPCA-15 acumulada em doze meses desacelerou de 5,05% em outubro de 2023 para 4,84% em novembro. O resultado fez a taxa acumulada em doze meses arrefecer, após uma sequência de três meses consecutivos de aceleração. 
 
O resultado de 4,84% até novembro é o mais baixo desde agosto deste ano, quando estava em 4,24%. Oito dos nove grupos de produtos e serviços que integram o IPCA-15 registraram altas de preços em novembro. Houve recuo apenas em Comunicação (-0,22%, impacto de –0,01 ponto percentual).  
 
Entre as altas, destaque para Alimentação e bebidas (0,82%, impacto de 0,17 ponto), Transportes (0,18% e impacto de 0,04 p.p.), Habitação (0,20%, impacto de 0,03 p.p.), Educação (0,03%, sem impacto), Artigos de residência (0,24%, impacto de 0,01 p.p.) Despesas Pessoais (0,52%, impacto de 0,05 p.p.), Saúde e cuidados pessoais (0,08%, impacto de 0,01 p.p.) e Vestuário (0,55%, impacto de 0,03 p.p.). 
 
Os alimentos registraram a primeira alta de preços dos desde a prévia de maio deste ano, ou seja, em cinco meses. Na época, saltou de 0,04% em abril para elevação de 0,94% nomes seguinte. Também teve alta de preços relevantes na prévia de novembro o grupo de Despesas pessoais (0,52%), devido ao aumento do pacote turístico (2,04%), hospedagem (1,27%) e serviço bancário (0,63%). 
 
IPCA cheio – A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – indexador oficial – fechou outubro com alta de 0,24%, ante avanço de 0,26% em setembro. A taxa acumulada pela inflação no ano ficou em 3,75% até o mês passado, ante 3,50% até setembro.  
 
Em doze meses, está em 4,82% – acima da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para este ano, que é 3,25%, entre de 1,75% a 4,75% –, contra 5,19% até o mês anterior. O IPCA fechou 2022 em 5,79% e, pelo segundo ano seguido, ficou acima da meta estabelecida pelo CMN. 
 
Alimentação – Os preços de Alimentação e bebidas aumentaram 0,82% em novembro, após queda de 0,31% em outubro. O grupo deu uma contribuição positiva de 0,17 ponto percentual para o IPCA-15. Entre os componentes do grupo, a alimentação no domicílio teve alta de 1,06% em novembro, após ter recuado 0,52% no mês anterior.  
 
A alimentação fora do domicílio subiu 0,22%, com aumentos de preços de 0,22% da refeição e 0,35% do lanche.  Em outubro, a alta foi de 0,21%. A alimentação no domicílio teve aumento em razão das altas de preços de produtos como cebola (30,61%), batata-inglesa (14,01%), arroz (2,60%), frutas (2,53%) e carnes (1,42%).  
 
Transportes – Os preços de Transportes subiram 0,18% em novembro, após alta de 0,78% em outubro. O grupo deu uma contribuição positiva de 0,04 ponto percentual. Os combustíveis tiveram queda de 2,11% em novembro, após recuo de 0,44% no mês anterior. A gasolina caiu 2,25%, após ter registrado queda de 0,56% em outubro, enquanto o etanol recuou 2,49% nesta leitura, após queda de 0,27% na última. 
 
Habitação – Os gastos das famílias brasileiras com Habitação passaram de uma elevação de 0,26% em outubro para aumento de 0,20% em novembro, contribuição positiva de 0,03 ponto para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 deste mês. A energia elétrica residencial subiu 0,42%.