O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que mede a prévia da inflação oficial, ficou em 0,72% em abril deste ano. A taxa é superior às registradas em março deste ano (0,54%) e em abril do ano passado (0,21%). É também a maior para o mês desde 2015, quando estava em 1,07%.
Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira, 25 de abril, o IPCA- 15 acumula taxas de inflação de 1,91% no ano e de 4,71% em 12 meses. Os principais responsáveis pela inflação da prévia de abril foram os transportes, que tiveram alta de preços de 1,31%, puxada pelos combustíveis (com alta de 3%), em especial, a gasolina (3,22%).
Os alimentos e bebidas também tiveram um impacto importante no IPCA-15, com uma inflação de 0,92% na prévia do mês. Outro grupo que influenciou a prévia da inflação foi saúde e cuidados pessoais (1,13%). Apenas o grupo de despesas relacionado à comunicação teve deflação, ou seja, queda de preços (-0,05%). As demais classes de despesas tiveram as seguintes taxas de inflação: educação (0,06%), despesas pessoais (0,12%), habitação (0,36%), artigos de residência (0,41%) e vestuário (0,57%).
As famílias gastaram 0,05% menos no mês com comunicação, puxada pela queda de 0,29% no telefone fixo. Houve redução média de 7,50% no valor das tarifas de fixo para móvel, a partir de 25 de fevereiro. Já o item correio subiu 2,19%, devido ao reajuste de 13,90%, em vigor a partir de 6 de março, em um dos serviços no Rio de Janeiro.
Três grupos foram responsáveis por cerca de 85% da taxa de inflação de 0,72% registrada pelo IPCA-15 em abril: transportes (aumento de 1,31% e contribuição de 0,24 ponto percentual), alimentação e bebidas (alta de 0,92% e impacto de 0,23 ponto percentual) e saúde e cuidados pessoais (alta de 1,13% e impacto de 0,14 ponto percentual).
O resultado do grupo saúde e cuidados pessoais foi influenciado pelo encarecimento de 2,61% na higiene pessoal, com impacto de 0,07 ponto porcentual. O destaque foram os perfumes, que haviam subido 0,49% em março e aceleraram para 6,94% em abril. Também houve pressão dos remédios, com alta de 0,72%, refletindo parte do reajuste anual, em vigor desde 31 de março, cujo teto é de 4,33%.
A gasolina ficou 3,22% mais cara em abril e foi o item de principal impacto sobre a inflação, com contribuição de 0,14 ponto porcentual. Os combustíveis subiram 3% em abril. Também ficaram mais caros o etanol (2,74%) e o óleo diesel (1,06%). As passagens aéreas ficaram 5,54% mais caras em abril.
A conta de luz aumentou 0,58% em abril, após já ter subido 0,43% em março. Em Ribeirão Preto e mais 233 cidades atendidas pela CPFL Paulista, a tarifa está 8,66% mais cara desde 8 de abril. A concessionária atende 290 mil consumidores ribeirão-pretanos e mais 4,2 milhões de clientes nos demais municípios da sua área de atuação.
Para os consumidores residenciais, a alta será de 7,87%. Pequenos comércios, que também entram na faixa de baixa tensão, terão reajuste de 8,34%. Para os clientes da alta tensão – indústrias, shopping centers e outros estabelecimentos de grande porte – o aumento será de 9,30%. A conta de luz permanece com bandeira verde em abril. Significa que não há taxa extra para os consumidores pelo quinto mês consecutivo – em dezembro, janeiro, fevereiro e março também não houve cobrança complementar.