Tribuna Ribeirão
Economia

Prévia da inflação oficial é de 0,71%

MARCELLO CASAL JR./AG.BR.

O Índice Nacional de Pre­ços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que mede a prévia da inflação oficial, registrou taxa de 0,71% em janeiro deste ano. O resultado ficou abaixo do 1,05% do IPCA-15 de dezembro, mas acima do 0,30% de janeiro de 2019. Essa é a maior taxa para o mês desde 2016, quando chegou a 0,92% – o IPCA fechou o ano passado em 4,31%, acima do centro da meta do Banco Cen­tral, de 4,25%.

Os números foram divulga­dos nesta quinta-feira, 23 de ja­neiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa do IPCA-15 acumulada em doze meses ficou em 4,34%, acima dos 3,91% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. A taxa deste mês foi puxada principalmente pelos alimentos e bebidas, que tiveram inflação de 1,83% e responde­ram por mais da metade da taxa de 0,71% do IPCA-15.

As carnes, que já tinham subido 17,71% somente em dezembro, ficaram 4,83% mais caras em janeiro, item de maior impacto no IPCA-15, uma contribuição de 0,15 ponto percentual. Segundo o Índice de Preços dos Supermercados (IPS), apurado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econô­micas (Fipe) para a Associação Paulista de Supermercados (Apas), entre as dez maiores al­tas registradas no ano passado, oito foram carnes e destas, sete bovinas e um corte suíno.

Em 2019, nos supermer­cados paulistas, as carnes bo­vinas como um todo subiram, em média, 30,15% e as carnes suínas, em geral, aumentaram 31,43%. Em seguida, vieram as aves, com avanço de 21,48% nos preços, e os ovos que ficaram 16,15% mais caros. O custo da alimentação no domicílio subiu 2,30% em janeiro, com pressões também das frutas (3,98%) e do frango inteiro (4,96%). Por outro lado, as famílias pagaram menos pela cebola (-5,43% e contribui­ção de -0,01 ponto percentual). A alimentação fora do domicílio subiu 0,99%, influenciada por avanços no lanche (1,30%) e na refeição fora de casa (1,10%).

Outro grupo de despesas com impacto importante na prévia de janeiro da inflação foi o de transportes, que teve alta de preços de 0,92%. A ga­solina teve inflação de 2,64% e foi o segundo item individual com maior impacto no IPCA. Também tiveram inflação os grupos de despesa vestuário (0,10%), saúde e cuidados pes­soais (0,35%), despesas pesso­ais (0,47%), educação (0,32%) e comunicação (0,02%). Por outro lado, tiveram deflação (queda de preços) os grupos de despesa habitação (-0,14%) e artigos de residência (-0,01%).

As famílias brasileiras gasta­ram menos com habitação – o equivalente a uma contribuição negativa de 0,02 ponto para o IPCA-15 – porque a energia elé­trica ficou 2,11% mais barata, o maior impacto individual nega­tivo, de -0,08 ponto percentual no IPCA-15. Todas as regiões pesquisadas apresentaram va­riações negativas. Na passagem de dezembro para janeiro, a ban­deira tarifária amarela permane­ceu em vigor, com a cobrança extra de R$ 1,343 a cada 100 quilowatts-hora consumidos.

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