O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), indexador que mede a prévia da inflação oficial do país, registrou taxa de 0,48% em fevereiro. O índice ficou acima do 0,22% do mesmo mês de 2020, mas abaixo do 0,78% observado em janeiro deste ano. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, 24 de fevereiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O IPCA-15 acumula inflação de 1,26% no ano. A alta de 0,48% registrada em fevereiro foi o maior resultado do indicador para o mês desde 2017, quando havia subido 0,54%. Como consequência, a taxa acumulada em doze meses passou de 4,30% em janeiro para 4,57% em fevereiro, nível mais elevado desde maio de 2019, quando a taxa havia sido de 4,93%.
A taxa da prévia de fevereiro foi influenciada principalmente pelos transportes, que registraram inflação de 1,11%, devido à alta de preços de itens como a gasolina (3,52%), óleo diesel (2,89%), etanol (2,36%) e gás veicular (0,61%). Os gastos com educação tiveram alta de 2,39% e também tiveram impacto importante na prévia da inflação de fevereiro.
Os alimentos, com inflação de 0,56%, foram outro grupo com impacto importante na inflação. Por outro lado, o grupo de despesas com habitação teve deflação (queda de preços) de 0,74%, principalmente devido à queda nas tarifas de energia elétrica (-4,24%). Outro grupo com deflação foi comunicação (-0,09%).
O IPCA cheio registrou inflação de 0,25% em janeiro, 1,10 ponto percentual abaixo da taxa de dezembro (1,35%). Nos últimos doze meses, o indicador acumula alta de 4,56%, acima dos 4,52% observados nos doze meses imediatamente anteriores.
Em janeiro de 2020, a variação havia sido de 0,21%. O IPCA fechou o ano passado com avanço de 4,52%, o maior desde 2016. O resultado ficou acima do centro da meta perseguida pelo Banco Central (BC), de 4,0%, com margem de tolerância de 1,5 ponto para mais ou para menos.
Seis dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados registraram aumentos de preços em fevereiro. Os avanços ocorreram em alimentação e bebidas (0,56%), artigos de residência (1,01%), transportes (1,11%), educação (2,39%), saúde e cuidados pessoais (0,46%) e despesas pessoais (0,15%). Os preços do grupo vestuário ficaram estáveis (0,00%). Houve deflação em comunicação (-0,09%) e habitação (-0,74%).