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Prévia da inflação fica em 0,57%

O Índice Nacional de Pre­ços ao Consumidor Amplo 15 – prévia da inflação oficial no país – desacelerou a 0,57% em abril, ante alta de 0,69% em março, após avanço de 0,76% em fevereiro, contra aumento de 0,55% em janeiro, quando manteve a média de dezembro (0,52%) e novembro (0,53%), informou na manhã desta quarta-feira (26) o Instituto Brasileiro de Geografia e Esta­tística (IBGE).

A alta registrada em abril é a mais branda para o mês desde 2020, quando houve deflação de 0,01%. No mesmo período do ano passado, o IPCA-15 ti­nha subido 1,73%. O resultado fez também a taxa acumulada em doze meses desacelerar ao menor nível desde outubro de 2020, quando era de 3,52%.

A taxa do Índice Nacio­nal de Preços ao Consumidor Amplo 15 acumulada em doze meses passou de 5,36%, em março, para 4,16% em abril. Com o resultado agora anun­ciado pelo IBGE, a inflação acumulada neste ano já avança 2,59%. Todos os nove grupos de produtos e serviços regis­traram altas de preços em abril.

As altas ocorreram em Transportes (1,44%), Vestuário (0,39%, impacto de 0,02 ponto percentual), Habitação (0,48%), Educação (0,11%, impacto de 0,01 p.p.), Despesas pessoais (0,28% e 0,03 p.p.), Saúde e cui­dados pessoais (1,04%), Comu­nicação (0,06%, sem impacto), Alimentação e bebidas (0,04%) e Artigos de residência, (0,07%, sem impacto).

Alimentação
A queda nos preços das carnes voltou a ajudar a desa­celerar o ritmo de aumento dos gastos das famílias brasileiras com alimentação na passagem de março para abril. Acumula queda de 3,08% desde janeiro. O grupo Alimentação e bebi­das deu uma contribuição de apenas 0,01 ponto percentual para a taxa de 0,57% do IPCA- 15 deste mês.

A alimentação no domicí­lio ficou 0,15% mais barata em abril, após ter avançado 0,02% no mês anterior. A alimentação fora do domicílio subiu 0,55%, ante alta de 0,68% em março. As carnes recuaram 1,34%, mas também houve quedas importantes na batata-ingle­sa (-7,31%), cebola (-5,64%) e óleo de soja (-4,75%).

O frango inteiro caiu 1,37%, e o frango em pedaços ficou 0,69% mais barato. Por outro lado, o ovo de galinha fi­cou 4,36% mais caro em abril, acumulando um aumento de 13,01% no ano. O lanche au­mentou 0,82%, e a refeição fora de casa teve elevação de 0,52%.

Transportes
Os preços de Transportes subiram 1,44% em abril, após alta de 1,5% em março. O gru­po deu uma contribuição posi­tiva de 0,29 ponto percentual para o IPCA-15. Os preços de combustíveis tiveram alta de 2,84% em abril, após avanço de 4,67% no mês anterior. A gaso­lina subiu 3,47%, após ter re­gistrado alta de 5,76% em mar­ço, enquanto o etanol avançou 1,1% nesta leitura, após alta de 1,96% na última. As passagens aéreas subiram 11,96%.

Habitação
Os gastos das famílias bra­sileiras com Habitação passa­ram de uma alta de 0,81% em março para uma elevação de 0,48% em abril, uma contri­buição positiva de 0,07 pon­to percentual. O destaque no grupo foi a energia elétrica residencial, com alta de 0,84% e contribuição de 0,03 ponto percentual para a inflação do mês. O aluguel residencial su­biu 0,53% em abril.

Saúde
Os gastos das famílias bra­sileiras com Saúde e cuidados pessoais passaram de uma ele­vação de 1,18% em março para uma alta de 1,04% em abril, uma contribuição positiva de 0,14 ponto percentual para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15.

A maior pressão partiu do aumento de 1,86% nos pro­dutos farmacêuticos, após a autorização do reajuste de até 5,60% no preço dos medica­mentos, a partir de 31 de mar­ço. O item deu uma contribui­ção de 0,06 ponto porcentual para o IPCA-15.

Os itens de higiene pessoal desaceleraram o ritmo de au­mentos de 2,36% em março para 0,35% em abril, influen­ciados pela queda de 1,99% nos perfumes neste mês. O plano de saúde aumentou 1,20% em abril, ainda incor­porando as frações mensais dos reajustes dos planos no­vos e antigos para o ciclo de 2022 a 2023.

‘IPCA cheio’
A inflação medida pelo IPCA recuou de 0,84% em fe­vereiro para 0,71% em março, a menor para o período desde 2020, quando subiu 0,07%. No mesmo mês do ano passado, o IPCA tinha sido de 1,62%. A taxa acumulada no ano é de 2,09%, contra 1,37% até feve­reiro. O resultado acumulado em doze meses está em 4,65%, ante taxa de 5,60% do período encerrado no mês anterior.

O resultado é o mais baixo desde janeiro de 2021, quando estava em 4,56%. A meta de in­flação para este ano perseguida pelo Banco Central é de 3,25%, que tem teto de tolerância de 4,75%. O IPCA fechou 2022 em 5,79% e, pelo segundo ano seguido, ficou acima da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

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