O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) ficou em 0,23% em agosto. O indicador acumula alta de 0,90% no ano e de 2,28% em doze meses. Os dados foram divulgados nesta terça-feira, 25 de agosto, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em julho de 2020, o índice ficou em 0,30% e, em agosto de 2019, a alta foi de 0,08%.
A alta foi o maior resultado do indicador para o mês desde 2017, quando subiu 0,35%. O indexador encerrou 2019 em 4,31%, acima do centro da meta do Banco Central, de 4,25%. Entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, sete tiveram alta em agosto. O grupo transportes teve expansão de 0,75%, exercendo a maior pressão no índice, apesar da desaceleração em relação a julho, quando o aumento foi de 1,11%.
A principal influência da alta foram os preços dos combustíveis, que subiram 2,31%, com o maior impacto individual vindo da gasolina, que ficou 2,63% mais cara. O óleo diesel subiu 3,58% e o preço do gás veicular aumentou 0,47%. Já o etanol teve queda de 0,28%. As passagens aéreas ficaram 1,88% mais baratas em agosto. Também recuaram o transporte por aplicativo (-6,75%) e o seguro de veículo (-1,92%).
O grupo educação teve deflação de 3,27% e contribuiu para conter a inflação.
Isso aconteceu por causa dos descontos nas mensalidades concedidas em razão da suspensão das aulas presenciais por causa da pandemia de covid-19, que foram computados em agosto.
Os cursos regulares tiveram recuo de 4,01%, com mais ênfase na pré-escola, onde os preços diminuíram 7,30%, seguida pelos cursos de pós-graduação, com queda de 5,83%, educação de jovens e adultos registrou queda de 4,74% e, no ensino superior, os preços caíram 3,91%.
Alta e baixa
O grupo dos artigos para residência subiu pelo quarto mês seguido com alta de 0,88% em agosto. Ao mesmo tempo, os itens de mobiliário caíram 0,14% no mês, acumulando com a queda de 0,91% observada em julho. Os produtos e serviços de comunicação subiram 0,86% e os de alimentação e bebidas ficaram 0,34% mais caros.
Tiveram alta de 0,61% os alimentos para consumo no domicílio, com alta nas carnes (3,06%), leite longa vida (4,36%), frutas (2,47%), arroz (2,22%) e pão francês (0,99%). Tiveram baixa no mês os preços do tomate (-4,20%), da cebola (-8,04%), do alho (-8,15%) e da batata-inglesa (-17,16%).
A energia elétrica subiu 1,61% e pressionou o grupo habitação, que teve aumento de 0,57%. O IBGE lembra que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou em 26 de maio que manterá em vigor a bandeira tarifária verde – em que não há cobrança adicional na conta de luz – até o fim de 2020.
Em artigos de residência, ficaram mais caros os itens TV, som e informática (alta de 2,50%) e eletrodomésticos e equipamentos (aumento de 0,94%). Já os preços de artigos de mobiliário tiveram queda de 0,14% em agosto, após já terem recuado 0,91% em julho. Tammbém subiram os preços dos grupos saúde e cuidados pessoais (0,62%) e despesas pessoais (0,03%).