Estamos com um programa de vacinação em andamento, com imunização de profissionais de saúde e idosos residentes em instituições de longa permanência. Desta fase caminhamos para a vacinação de outros idosos de forma decrescente de idade, até chegarmos a toda a população. Também trabalhamos e conseguimos aumentar o número de leitos e, com isso reduzimos os percentuais de internação, não apenas para avançar de fase no Plano São Paulo, mas também para bem atender as pessoas que foram infectadas pelo novo coronavírus.
Vivemos um momento difícil, muito embora já tenhamos a esperança representada pela vacinação. Difícil porque o número de infectados cresceu no Brasil e no mundo, ao mesmo tempo em que grande parte das pessoas deixou de acreditar na presença do vírus. E são muitos os que levam vida normal, como se nada estivesse ocorrendo. Não há uma grande adesão ao novo normal, com o retorno à maioria das atividades, porém com a adoção de protocolos que ainda precisam ser observados, em nome da prevenção e da redução dos índices de transmissão da covid-19 e em respeito aos que mantêm os hábitos preventivos.
Imunizar toda a população com a vacina será um processo demorado, porque as vacinas precisam ser produzidas ou importadas. Mesmo as que são de produção própria do país precisam de insumos importados, nem sempre à disposição na quantidade necessária à produção de grande quantidade de imunizantes para atender de forma rápida a todos os que precisam da vacina. Em nossa cidade, além da vacinação em estabelecimentos de saúde, já iniciamos a aplicação das doses nos profissionais de saúde autônomos. De acordo com cronograma estabelecido, avançaremos para outras etapas de imunização, porque ainda não temos cura para a doença, nem tratamento precoce ou qualquer outra forma de prevenção que não seja a de se evitar o contágio.
Diante deste quadro, não há melhor caminho, neste momento, que os meios propostos para se evitar o contágio da doença, que pode representar uma segunda onda muito perigosa de crescimento de casos. Parece uma velha cantilena de quase um ano inteiro, mas a alternativa que temos ao nosso alcance é evitar aglomerações, usar máscaras corretamente (que proteja o nariz e a boca), higienizar constantemente as mãos, evitar tocar boca, nariz e olhos com as mãos não higienizadas etc. Se evitarmos um contágio, vários outros também deixarão de acontecer.
Há sempre esforço para se aumentar o número de leitos para o tratamento da covid-19, seja em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) ou enfermarias. Mas há limitadores neste aumento de estrutura, principalmente em função dos custos de manutenção destes leitos e da alocação de profissionais de saúde. Nem sempre é possível aumentar com a rapidez pretendida e em número suficiente. Até porque os serviços de saúde têm outras doenças com as quais se preocupar. Assim é imprescindível que sigamos para outras fases do Plano São Paulo, não apenas pelo aumento da estrutura de tratamento, e sim também, e principalmente, pela redução de casos.
Vamos buscar sempre a melhor e mais ampla oferta de atendimento, disponibilizar recursos médicos e hospitalares na quantidade requerida pela demanda, que se apresenta crescente neste momento. Sem nos esquecer, no entanto, de incentivar a prevenção diária, com foco na diminuição do contágio. Porque essa demanda precisa ser diminuída e mantida dentro de limites que possibilitem o acesso de todos ao tratamento necessário.
Com prevenção e controle da transmissão da doença, além de melhor atendimento aos infectados, avançaremos no Plano São Paulo de retomada das atividades de forma segura e com a responsabilidade que a situação requer.