João Camargo
As unidades prisionais da região de Ribeirão Preto não contam com casos de covid-19, no momento, de acordo com informações da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP). Além disso, em todas as unidades prisionais do Estado, a taxa de letalidade entre custodiados é de 0,52%.
Entre as unidades abordadas para essa publicação estão as penitenciárias masculina e feminina de Ribeirão Preto, assim como o Centro de Detenção Provisória (CDP) da cidade. Além disso, as penitenciárias I e II de Serra Azul, o CDP do mesmo município e o Centro de Progressão Penitenciária (CPP) de Jardinópolis.
Desde o início da pandemia, na Penitenciária Feminina de Ribeirão Preto, duas reeducandas testaram positivo para a doença, mas já se curaram, retornando ao convívio. Na Penitenciária Masculina de Ribeirão Preto, 235 detentos testaram positivo e também já se curaram.
No Centro de Detenção Provisória (CDP) de Ribeirão Preto, 97 testaram positivo e foram curados. Já em relação a Serra Azul, na Penitenciária I, foram registrados 122 testes positivos, mas também sem mortes. Na Penitenciária II, foram 327 casos, sendo que quatro reeducandos faleceram.
Além disso, no CDP de Serra Azul, houve 176 casos de covid-19, porém sem mortes. Já no CPP de Jardinópolis, não foram registrados casos da doença. A SAP informou que, em todo o Estado, 14.914 presos testaram positivo para a doença, sendo que 14.826 se curaram e 78 faleceram.
Queda nos casos
Assim como em todo o Estado de São Paulo, o número de casos de covid-19 tem caído significativamente nos presídios. Em agosto do ano passado, havia 2.807 registros da doença, enquanto em julho de 2021, apenas 24 – uma queda de 99,15% em menos de um ano.
Entre funcionários do sistema prisional, a redução também foi significativa. Em abril deste ano, durante a chamada segunda onda, houve um pico de 615 casos, mas em menos de três meses este número caiu para 60.
De acordo com a SAP, essa redução foi possível graças a uma série de medidas que vêm sendo tomadas desde o início da pandemia. Cerca de 30 mil profissionais da linha de frente nos presídios foram imunizados entre abril e maio deste ano e 69.116 pessoas presas já foram vacinadas.
Além disso, a SAP ressaltou que seguiu as determinações do Centro de Contingência do Coronavírus e suspendeu atividades coletivas, intensificou a limpeza de áreas, restringiu acesso às unidades e monitora grupos de risco.
“Já foram entregues, desde então, cerca de 9 milhões de máscaras para presos e funcionários, incluindo cerca de 1 milhão e duzentas mil máscaras do tipo N95/PFF2 e similares”, comunicou a Secretaria.
Além das máscaras, foram entregues aos presídios quatro milhões de luvas descartáveis, mais de 158 mil litros de álcool gel, 103 mil litros de sabonete líquido, entre outros insumos.
Visitas presenciais
Desde o dia 10 de julho, foram retomadas as visitas presenciais às 178 unidades prisionais administradas pela SAP em todo o estado. Para essa retomada, algumas regras estão sendo seguidas.
Entre elas está a visitação restrita a apenas uma pessoa por reeducando, assim como a visitação limitada a maiores de 18 anos, sendo que pessoas com 60 ou mais ou integrantes de grupo de risco podem entrar somente se apresentarem comprovante de esquema vacinal completo para covid-19.
Os visitantes devem portar somente a carteirinha de visitante, o documento de identificação com foto e o comprovante de vacinação contra a covid-19, se for o caso, sendo vedada a entrada de quaisquer outros objetos.
As visitas ocorrem por um período máximo de duas horas (das 9h às 11h e das 13h às 15h), divididos entre os finais das matrículas dos reeducandos e mediante divisões de pavilhões.
A SAP ressaltou ainda que é obrigatório o uso de máscara durante todo o período de permanência na unidade prisional. Não são permitidos quaisquer contatos físicos entre custodiados e visitantes, sujeitando o descumprimento às medidas de suspensão temporária de visitação do reeducando ou visitante.
A visitação em determinada unidade pode ser suspensa temporariamente, diante da presença de cenário adverso em relação a novos casos de covid-19.