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Presidentes discutirão a Amazônia no dia 6

MARCOS CORRÊA/PR

Líderes de países sul-ame­ricanos vão se reunir no dia 6 de setembro para discutir uma política única de preservação da Amazônia e de exploração sustentável da região. De acordo com o presidente Jair Bolsonaro, o encontro deve ocorrer em Le­ticia, cidade colombiana que faz fronteira com o Brasil em Taba­tinga, no Amazonas.

Bolsonaro recebeu, no Pa­lácio da Alvorada, o presidente do Chile, Sebastián Piñera, para tratar de questões ambientais e conversar sobre a participação do chileno, como convidado, na reunião do G7 (grupo dos países mais industrializados do mundo – Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) na se­gunda-feira (26), em Biarritz, na França.

“Eu havia solicitado por ele alguns dias antes, assim como outros chefes de Estado, que le­vasse a palavra do Brasil sobre o momento que estávamos vi­vendo [de queimadas na Ama­zônia]. E ele, com muita maes­tria, muito companheirismo, levou nossa posição de forma individual a todos os integran­tes do G7. O que nós mais que­remos é restabelecer a verdade sobre o que está acontecendo na Amazônia”, disse Bolsonaro após o encontro.

O presidente chileno des­tacou que a Amazônia com­preende quase a metade das florestas tropicais do mundo e captura um quarto do carbono que se emite no mundo, mas afirmou que a soberania dos nove países amazônicos deve ser reconhecida e respeitada. “São eles os principais interes­sados e responsáveis em cuidar e proteger as florestas e a bio­diversidade. Mas todos os de­mais países do mundo querem colaborar para poder proteger melhor a Amazônia”, disse.

Ajuda internacional
O presidente brasileiro vol­tou a citar declarações do pre­sidente francês, Emmanuel Macron, e lamentou a “pés­sima imagem [do Brasil] que foi potencializada pelo senhor Macron”. “Houve um aprovei­tamento por parte do presiden­te Macron, para se capitalizar perante o mundo como aquela pessoa, única e exclusiva, inte­ressada em defender o meio am­biente. Essa bandeira não é dele, é nossa, é do Chile, é de muitos países no mundo.”

Atual presidente do G7, Ma­cron declarou que os incêndios na Amazônia são uma emergên­cia global e disse que pode não ratificar o acordo de livre-co­mércio entre Mercosul e União Europeia devido às “mentiras” do presidente Bolsonaro quanto ao seu real comprometimento contra as mudanças climáticas e à preservação ambiental. O pre­sidente francês também levan­tou a possibilidade de construir um novo direito internacional para o meio ambiente e estabele­cer um status internacional para a Amazônia.

Os líderes dos países do G7 concordaram em liberar US$ 20 milhões (cerca de R$ 83 mi­lhões) para ajudar a conter as queimadas na Amazônia, sendo a maior parte do dinheiro para o envio de aeronaves de com­bate a incêndios florestais. Para Sebastián Piñera, esse esforço de US$ 20 milhões pode crescer com contribuições bilaterais de cooperação ambiental. “Cada país sabe qual colaboração quer receber e qual não quer receber”, disse. “Se algum país quiser co­laborar, respeitando a soberania do Brasil e o Brasil crê que essa ajuda é útil, muitos países estão dispostos a colaborar.”

O Congresso instalou nes­ta quarta-feira, 28, a Comissão Mista Permanente sobre Mu­danças Climáticas (CMMC). O colegiado é formado por deputados e senadores e deve­rá, até dezembro, acompanhar a situação das queimadas e do desmatamento ilegal da Ama­zônia. A CMMC não terá poder de investigação ou prerrogativa de identificar responsáveis pe­las ocorrências, o que caberia a uma comissão parlamentar de inquérito (CPI). Os parlamen­tares elegeram o senador Ze­quinha Marinho (PSC-PA) para presidir a comissão e o deputa­do Edilázio Júnior (PSD-MA) como relator.

Verde Brasil
A Operação Verde Bra­sil, que reuniu várias agên­cias em torno do combate às chamas na Amazônia Legal, registrou diminuição nos focos de incêndio nos últimos dias. Embora ain­da não haja confirmação de tendência de extinção do fogo nos próximos dias, a avaliação do governo até o momento é positiva. Segun­do os dados do Centro Ges­tor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), havia focos de incêndio espalhados e mais intensos, principalmente, em Rondônia, Amapá, Pará e Maranhão entre os dias 25 e 26 de agosto. Na última sexta-feira (23), o presidente Jair Bolsonaro autorizou o uso das Forças Armadas no combate aos incêndios na região. O decreto de Garan­tia da Lei e da Ordem (GLO) vale para áreas de fronteira, terras indígenas, em unida­des federais de conservação ambiental e outras áreas da Amazônia Legal.

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