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Presidente Lula fará cirurgia no quadril

© Marcelo Camargo/Agência Brasil

Roberta Jansen (AE)

No domingo, dia 23 de ju­lho, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) realizou uma infiltração na região do quadril. Significa que um anestésico foi aplicado diretamente na articu­lação – o objetivo era amenizar as dores decorrentes de uma ar­trose. Também conhecido como osteoartrose, esse problema é caracterizado pelo desgaste das cartilagens articulares, que são os tecidos que revestem a extre­midade dos ossos.

A assessoria de imprensa da Presidência de República informou que Lula deve passar por uma cirurgia para tratar uma artrose na região neste segundo semestre. De acor­do com a informação, é uma “operação programada, nada urgente. Deve marcar a cirur­gia, que não tem urgência”.

A artrose de quadril leva a um desgaste especificamente da arti­culação formada pela conexão da cabeça do fêmur (osso da coxa) com o acetábulo (a parte do osso da pelve, que se liga ao fêmur). De acordo com o ortopedista Leandro Ejnisman, do Hospital Israelita Albert Einstein (SP), es­pecializado em quadril, quando dois ossos assim se encaixam, as cartilagens que os revestem fun­cionam como amortecedores.

São elas que permitem mo­vimentos harmônicos e indo­lores. “Essa cartilagem é muito espessa, mas, com o tempo, vai ficando desgastada. Algumas vezes, fica tão desgastada que começa a expor o osso”, des­creve o médico. Essa situação provoca dor e, em muitos casos, limita a mobilidade do pacien­te. Ejnisman ressalta que não tem conhecimento detalhado da situação de saúde do presi­dente, e que está falando de for­ma genérica sobre o problema.

Incômodo é intenso
O principal sintoma da ar­trose de quadril é a dor. Ela ocorre geralmente na região da virilha e na parte da frente do quadril. O desconforto costuma piorar quando a pessoa anda muito, fica sentada por tempo prolongado ou se deita sobre o lado dolorido. Além disso, as do­res podem irradiar para a região da coxa, da lateral da bacia, das nádegas e até da coluna.

Nas fases mais avançadas da doença, pode ocorrer a re­dução da amplitude dos mo­vimentos, impondo dificulda­des para a execução de tarefas simples, como cruzar a perna, calçar sapatos, cortar as unhas dos pés ou entrar e sair de um carro. Em casos ainda mais graves, pode haver o encurta­mento de uma das pernas.

A principal causa da artrose de quadril é o envelhecimen­to. O problema costuma afetar pessoas com mais de 45 anos. Outras condições podem con­tribuir para o surgimento do problema, como obesidade, exercícios físicos em excesso, doenças reumatológicas e aci­dentes. O diagnóstico é feito por meio de exames de radiografia ou ressonância magnética.

O tratamento
Basicamente, existem duas formas de tratar o problema: clínica e cirúrgica. O trata­mento conservador consiste na administração de analgé­sicos e anti-inflamatórios du­rante as crises de dor, além de sessões de fisioterapia com o objetivo de fortalecer a mus­culatura local, reduzindo o impacto e melhorando a am­plitude dos movimentos.

Quando o tratamento con­servador deixa de funcionar, o caminho é a cirurgia, baseada na colocação de uma prótese de quadril. No procedimen­to, retira-se a cartilagem e os ossos lesionados e eles são substituídos por componen­tes artificiais. “A cirurgia tem excelentes resultados e pou­quíssimas complicações”, afir­mou Ejnisman, que também é membro da Sociedade Brasi­leira de Ortopedia e Trauma­tologia (SBOT).

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