O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), o alemão Thomas Bach, afirmou que os Jogos Olímpicos não são sobre política e que precisam ser protegidos para não se tornarem uma “feira de manifestações”.
Com o pano de fundo do movimento Black Lives Matter (vidas negras importam), que protesta contra a injustiça racial, a pressão aumentou para uma mudança na regra 50 da Carta Olímpica, que proíbe qualquer forma de protesto político durante os Jogos.
O presidente da Federação Internacional de Atletismo, Sebastian Coe, afirmou no começo do mês que acredita que os atletas têm o direito de fazerem gestos de protesto político durante os Jogos, contrariando a política oficial do COI.
“Os Jogos Olímpicos são primariamente sobre esportes. Os atletas personificam valores de excelência, solidariedade e paz”, escreveu Bach em artgigo publicado no jornal inglês The Guardian.
“Eles expressam a inclusão e o respeito mútuo também por serem politicamente neutros nas competições e durante as cerimônias. Em certos momentos, esse foco no esporte precisa ser reconciliado com a liberdade de expressão da qual todos os atletas também usufruem nos Jogos”, declarou o dirigente.
“O poder unificador dos Jogos só pode ser desenvolvido se todos mostrarem respeito e solidariedade uns para com os outros. Caso contrário, os Jogos se tornarão uma feira de manifestações de todos os tipos, dividindo ao invés de unir o mundo”, concluiu.