O mau desempenho do Botafogo nas últimas duas edições do Campeonato Paulista transformou o executivo de futebol, Léo Franco, no grande “vilão” do torcedor botafoguense. Porém, mesmo com a pressão exercida pelas arquibancadas, Franco continua no departamento de futebol do Pantera e não deve sair tão em breve.
Em entrevista ao programa Wsports News, Gerson Engracia Garcia, presidente da Botafogo S/A, revelou que o executivo de futebol tem mandato de 3 anos dentro do clube.
“Ele tem um mandato de três anos e está completando ou completou o primeiro ano. Ele não foi indicado pelo banco BMG. Foi eu quem contratei o Léo Franco. Ele fez e faz um trabalho importante. Foi bem no Paulistão de 2018 e no acesso para a Série B. O trouxemos no final de 2017 junto com o Léo Condé. Ele foi uma das opções que nos entrevistamos para assumir esse cargo dentro do clube”, afirmou Gerson.
Apesar de reconhecer o mandato do executivo, Gerson reiterou que, se o Conselho de Administração da BFSA optar por demitir o profissional, isso poderá ser feito sem nenhum impedimento. “Ele tem mandato, mas pode ser substituído a qualquer momento”, disse.
Relação conturbada
No comando do futebol botafoguense desde outubro de 2017, Léo Franco nunca foi unanimidade dentro do Pantera. Vale lembrar, que o dirigente fez parte da montagem do elenco que chegou as quartas de final do Campeonato Paulista e conquistou o acesso para a Série B na temporada 2018.
Mesmo com a formatação da S/A, também em 2018, Léo Franco foi mantido no cargo. Desde então, o clube tem oscilado dentro de campo e seu nome não sai da boca do torcedor.
Os protestos mais incisivos contra o diretor de futebol começaram em março de 2019, quando o Botafogo vivia situação delicada no Paulistão. Em abril do ano passado, uma das torcidas organizadas do clube chegou a fazer um abaixo assinado pedindo a demissão de Franco.
Nesta temporada, novamente, o clima entre diretor e torcedores ficou estremecido. O estopim foi a goleada sofrida por 6 a 0 diante do Mirassol, dentro do estádio Santa Cruz. Com o time na zona de rebaixamento e sem demonstrar reação dentro de campo, as organizadas do clube se uniram para pedir a demissão do dirigente e chegaram até ficar sem entrar no estádio durante uma partida em forma de protesto.
Diante de todos esses acontecimentos, a tendência é que após o retorno das atividades, a BFSA faça algumas modificações no departamento de futebol. Recentemente, em entrevista ao programa “Tá na Rede”, Adalberto Baptista afirmou que a direção do futebol do Botafogo será revista após a normalização das atividades.