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Esportes

Preparador do Bota vê chance de volta com segurança; gasto com testagem pode chegar a R$ 42 mil

ALFREDO RISK/JORNAL TRIBUNA

Os clubes de São Paulo e a FPF (Federação Paulista de Fu­tebol) estão pleiteando junto ao Governo estadual o retorno do futebol. Na última semana, um protocolo de medidas a serem seguidas em uma hipotética volta foi enviado para análise dos governantes.

Apesar de ser um tema di­vergente, o preparador físico do Botafogo, Emerson Buck, afirmou que acredita na possi­bilidade do retorno com segu­rança. Porém, Buck ressaltou que o protocolo deve ser segui­do rigorosamente.

“Existe uma possibilidade, sim, de retornar com seguran­ça, seguindo todo o protocolo de forma rígida. O clube ofere­cendo toda a estrutura possível para que todos os funcionários possam executar suas funções de forma segura. Teremos uma triagem diária dos atletas, onde faremos medição da tempera­tura corporal e também da oxi­genação do sangue. Isso é uma forma de você estar controlando diariamente o comportamento do atleta em relação a doença”, afirmou Buck.

“Eu vejo que tem uma forma de se voltar com bastante segu­rança e até faço um comparativo. É muito mais seguro você ir trei­nar no clube do que ir ao mer­cado, por exemplo. No mercado você vai estar em contato com várias pessoas diferentes, você vai tocar num lugar onde várias pessoas tocaram. No clube você vai estar sempre envolvido com as mesmas pessoas”, concluiu.

Ainda sem ter uma data concreta de quando os treina­mentos serão liberados, Buck reiterou que para diminuir o risco de lesões, será necessário ao menos um mês de prepara­ção com os jogadores.

“Eu continuo batendo na tecla de que serão necessárias quatro ou cinco semanas de pre­paração. Isso pode minimizar os riscos de lesão. Acho que o mí­nimo que a federação poderia fazer é escutar os profissionais da área”, finalizou.

Retorno caro

Outra questão que atinge os clubes do interior é o alto custo do retorno. O protocolo prevê que as equipes sigam algumas regulamentações sanitárias. Uma delas é testar todos os jo­gadores, comissão técnica e fun­cionários do clube que tenham contato diário com os atletas. Um teste para a covid-19 tem preço variado no mercado e pode custar entre R$ 200 e R$ 500 por unidade.

Segundo apurou o Tribu­na, o Botafogo terá de testar 85 profissionais. Se o Tricolor optar pelo mais barato, terá de desembolsar algo entorno de R$ 17 mil. Já se escolher o mais caro, os valores podem chegar a R$ 42 mil. Vale lem­brar que outras sessões de tes­tagem serão necessárias antes do retorno dos jogos.

Os clubes acordaram com a FPF que os testes iniciais, antes da volta do campeonato, serão custeados pelos times. Depois, quando a bola já estiver rolan­do, a federação vai arcar com os valores.

Outro montante que deverá ser desembolsado é com a hos­pedagem. Para finalizar as duas rodadas restantes do Paulistão, os times vão ficar isolados em um hotel. Por exemplo, se o Bo­tafogo tiver jogos marcados para quarta e domingo, vai precisar entrar no hotel na segunda-feira, jogar na quarta, retornar ao ho­tel e jogar no domingo.

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