Os clubes de São Paulo e a FPF (Federação Paulista de Futebol) estão pleiteando junto ao Governo estadual o retorno do futebol. Na última semana, um protocolo de medidas a serem seguidas em uma hipotética volta foi enviado para análise dos governantes.
Apesar de ser um tema divergente, o preparador físico do Botafogo, Emerson Buck, afirmou que acredita na possibilidade do retorno com segurança. Porém, Buck ressaltou que o protocolo deve ser seguido rigorosamente.
“Existe uma possibilidade, sim, de retornar com segurança, seguindo todo o protocolo de forma rígida. O clube oferecendo toda a estrutura possível para que todos os funcionários possam executar suas funções de forma segura. Teremos uma triagem diária dos atletas, onde faremos medição da temperatura corporal e também da oxigenação do sangue. Isso é uma forma de você estar controlando diariamente o comportamento do atleta em relação a doença”, afirmou Buck.
“Eu vejo que tem uma forma de se voltar com bastante segurança e até faço um comparativo. É muito mais seguro você ir treinar no clube do que ir ao mercado, por exemplo. No mercado você vai estar em contato com várias pessoas diferentes, você vai tocar num lugar onde várias pessoas tocaram. No clube você vai estar sempre envolvido com as mesmas pessoas”, concluiu.
Ainda sem ter uma data concreta de quando os treinamentos serão liberados, Buck reiterou que para diminuir o risco de lesões, será necessário ao menos um mês de preparação com os jogadores.
“Eu continuo batendo na tecla de que serão necessárias quatro ou cinco semanas de preparação. Isso pode minimizar os riscos de lesão. Acho que o mínimo que a federação poderia fazer é escutar os profissionais da área”, finalizou.
Retorno caro
Outra questão que atinge os clubes do interior é o alto custo do retorno. O protocolo prevê que as equipes sigam algumas regulamentações sanitárias. Uma delas é testar todos os jogadores, comissão técnica e funcionários do clube que tenham contato diário com os atletas. Um teste para a covid-19 tem preço variado no mercado e pode custar entre R$ 200 e R$ 500 por unidade.
Segundo apurou o Tribuna, o Botafogo terá de testar 85 profissionais. Se o Tricolor optar pelo mais barato, terá de desembolsar algo entorno de R$ 17 mil. Já se escolher o mais caro, os valores podem chegar a R$ 42 mil. Vale lembrar que outras sessões de testagem serão necessárias antes do retorno dos jogos.
Os clubes acordaram com a FPF que os testes iniciais, antes da volta do campeonato, serão custeados pelos times. Depois, quando a bola já estiver rolando, a federação vai arcar com os valores.
Outro montante que deverá ser desembolsado é com a hospedagem. Para finalizar as duas rodadas restantes do Paulistão, os times vão ficar isolados em um hotel. Por exemplo, se o Botafogo tiver jogos marcados para quarta e domingo, vai precisar entrar no hotel na segunda-feira, jogar na quarta, retornar ao hotel e jogar no domingo.