A prefeitura de Ribeirão Preto instaurou um chamamento público para realizar leilão eletrônico e vender os materiais inservíveis depositados no pátio da Secretaria Municipal de Infraestrutura. Com sucatas e veículos inutilizados há mais de 30 anos, o local era um ponto de preocupação constante da pasta devido aos riscos à saúde pública por acúmulo de água e criação de focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue.
Com leiloeiros já cadastrados, a prefeitura aguarda publicação do edital para a venda de 118 itens, como tratores, máquinas pesadas e caminhões, além de armários, mesas, cadeiras, carteiras escolares, computadores, entre outros objetos. A previsão é que essa leva seja liberada até o final de setembro, sendo que há outro lote aguardando chamamento para a venda de mais 20 inservíveis.
De acordo com o secretário Luís Eduardo Garcia, parte desses materiais está no local há mais de 30 anos. “Essa é uma limpeza que eu chamo de histórica, porque é a primeira vez que tem leilão de grande escala para todos os inservíveis da Prefeitura. Uma vez que os leiloeiros foram credenciados, não juntaremos mais veículos. Conforme os automóveis chegarem ao pátio da Infraestrutura, imediatamente os despachamos para leilão”, afirma o secretário. Ele garante que, até o final do ano, todo o pátio será liberado.
Daerp
O Departamento de Água e Esgotos de Ribeirão Preto (Daerp) realizou um leilão eletrônico no dia 4 de junho para efetuar a venda de seus inservíveis, também deixados no pátio da Infraestrutura. Dos 50 veículos deixados no pátio, entre viaturas antigas, retroescavadeiras e caminhões-pipa, 85% já foram levados pelas empresas que fizeram a aquisição. A expectativa é que todos sejam recolhidos até o final da próxima semana.
O leilão realizado pelo Daerp conseguiu arrecadar 58% a mais do que o previsto inicialmente no edital. O edital estabeleceu um valor total de R$ 209 mil para os 70 lotes colocados à venda. No final foram arrematados 63 lotes pelo valor total de R$ 330 mil. Em alguns casos, como caminhões, o ágio passou de 400%.