A prefeitura de Ribeirão Preto, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura, recolheu desde o começo do ano, entre 1º de janeiro e terça-feira, 18 de março, 297 árvores que caíram por causa, principalmente, das fortes chuvas acompanhadas de rajadas de vento registradas no período na cidade.
Também realizou 7.182 podas de árvores que necessitavam receber este tipo de serviço. Para isso, a Secretaria da Infraestrutura conta com uma equipe própria e três terceirizadas. Já para a extração e retirada de árvores caídas, são dois esquadrões.
Para solicitar podas de árvores, os munícipes devem fazer o registro do serviço através do 156. Já em caso de extração, é necessário abrir um processo que será avaliado pela Secretaria do Meio Ambiente, responsável pela autorização da extração. Após a aprovação, a autorização é enviada para a Secretaria de Infraestrutura, para execução do serviço.
a segunda-feira, 17 de março, a prefeitura de Ribeirão Preto prorrogou por dez meses, o contrato de poda e extração de árvores e coleta de galhos e material vegetal em vias, calçadas, logradouros, áreas verdes, áreas públicas e próprios públicos municipais, com a empresa Carvalho Multisserviços Ltda.
O extrato do primeiro termo de rerratificação do contrato foi publicado no Diário Oficial do Município (DOM). Em fevereiro do ano passado, a empresa Carvalho Multisserviços Ltda. venceu o pregão eletrônico nº 753/2023 para execução do serviço por R$ 13.992.999 por um período de doze meses.
Com a rerratificação pelo mesmo período o valor do contrato subiu para R$ 14.647.691,50, acréscimo de R$ 654.692, alta de 4,68%. O relatório final do Inventário Amostral da Arborização de Acompanhamento Viário, divulgado em maio de 2022 (www.ribeiraopreto.sp.gov.br/portal/meio-ambiente/inventario-amostral), demonstra que apenas 12,7% do perímetro urbano é recoberto por vegetação de porte arbustivo ou arbóreo.
O estudo utilizou imagens de satélite de outubro de 2021. De acordo com o levantamento, a cobertura é desigual em Ribeirão Preto. A Zona Sul é a mais verde (15,79%), seguida da região Oeste (13,54%), Norte (11,39%) e Leste (11,34%). O Centro tem apenas 3,58% de sua área arborizada. Dos 58 subsetores urbanos (divisões dentro das zonas, que agregam bairros próximos), apenas três possuem índice de cobertura vegetal superior a 30%: a região do Recreio das Acácias (44,7%) lidera.
O levantamento revela que é necessário projetar as calçadas e priorizar o plantio de árvores maiores, com copa abrangente. Das 14 espécies mais encontradas pelo estudo na cidade, sete são de pequeno porte ou “arbustos conduzidos para o formato de árvore”. Ou seja: têm menos impacto na regulação térmica.
A situação das calçadas não analisou Ribeirão Preto inteira, e sim amostras que representam 10% de seu sistema viário urbano. Foram inventariados 290,8 quilômetros lineares de passeios públicos e canteiros centrais de avenidas. A partir dessa análise, foram projetados os percentuais para cada região e subsetor. Uma das principais constatações é que há mais vazios arbóreos (espaços disponíveis na calçada para o plantio) do que espécies plantadas.
Na amostra analisada, foram inventariados 26.669 arbustos e árvores, uma média de 92 para cada quilômetro linear de calçada. A região Norte é a que possui o maior vazio arbóreo: há cerca de onze mil espaços para o plantio. O estudo aponta que a cidade precisa plantar 28,8 mil árvores para melhorar a situação. Para que isso ocorra em espaços possíveis, a prefeitura gastaria apenas R$ 1,1 milhão, em valores de 2021.
Das 26.669 espécies vegetais inventariadas, mais de 20 mil possuem altura igual ou inferior a seis metros, configurando uma carência de sombreamento nas calçadas. As mais comuns são oiti, falsa-murta, resedá-anão, ipês de jardim, aceroleira, pitangueira, quaresmeira e limoeiro.