Tribuna Ribeirão
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Prefeitura ‘encosta’ consultório Dr. Móvel

O Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão Preto (SSM/RP) diz que o Dr. Móvel, um consultório médico itineran­te operacionalizado pela Secreta­ria Municipal da Saúde, deixou de atender. Débora Alessandra, coor­denadora da seccional de Saúde da entidade e vice-presidente do Conselho Municipal de Saúde, informa ter recebido a denúncia de funcionários da pasta.

Segundo ela, o Dr. Móvel deixou de funcionar há cerca de três meses – no site da prefeitu­ra, a última notícia sobre o con­cultório itinerante data de 20 de novembro. “A única informação que a secretaria forneceu é que o serviço passa por uma rees­truturação. Não se sabe quando e nem se o Dr. Móvel vai voltar. E também não sabemos qual o destino que a SMS está dando para a verba mensal que recebe do Ministério da Saúde para cus­tear a operação do Dr. Móvel”, informa Débora Alessandra.

Colocado em operação ainda na administração da ex­-prefeita Dárcy Vera (atual­mente presa na Penitenciária de Tremembé e sem partido), o Dr. Móvel permaneceu a maior parte de 2017 inoperante. Voltou em outubro, mas poucas sema­nas depois foi novamente encos­tado pela secretaria. De acordo com a vice-presidente do Conse­lho Municipal de Saúde, na atual administração o consultório não chegou a atender a população da forma prevista pelo convênio com o Ministério da Saúde.

“A equipe do Dr. Móvel deve­ria ter sete profissionais, incluin­do um médico do Programa de Saúde da Família (PSF), enfer­meira, assistente social, agente comunitário, entre outros. Gas­tou-se mais de R$ 120 mil em um gerador, para que o compu­tador pudesse acessar o sistema de gestão da saúde Hygia e assim agendar consultas médicas. Mas segundo nós apuramos nem isso estava sendo feito”, critica.

O Tribuna questionou a Secretaria Municipal de Saúde sobre a paralisação do Dr. Mó­vel e recebeu a seguinte nota: “A Secretaria Municipal da Saúde informa que o Dr. Móvel é um veículo adaptado, que tem apre­sentado vários problemas e exi­gido manutenção. Em função da aposentadoria de uma médica e de uma enfermeira, ocorrida no ano passado, há dificuldades em lotar equipe para atuar nes­ta unidade móvel. Sem equipe disponível, o trabalho com o Dr. Móvel gera muitos plantões extras, o que gera altos custos de atendimento.

A Secretaria da Saúde recebe, mensalmente, R$ 35,2 mil do Ministério da Saúde. O assun­to já está em discussão com o ministério para que se resolva a questão financeira. A Secretaria Municipal da Saúde está reven­do o processo de trabalho do equipamento, para efetivamente atuar como consultório na rua. A internet do Dr. Móvel funcio­nava com conexão de dados de celular, o que torna o trabalho instável em locais o sinal de tele­fonia celular é insuficiente, o que impossibilita o trabalho de agen­damento”, explica.

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