O Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão Preto, Guatapará e Pradópolis (SSM/ RP) e a prefeitura começam a discutir nesta quinta-feira, 14 de março, a partir das 17 horas, a pauta de reivindicações da categoria da campanha salarial deste ano. O encontro entre a comissão de negociação da entidade e o Comitê de Política Salarial nomeado pelo governo Duarte Nogueira Júnior (PSDB) será na Secretaria Municipal da Administração, no Morro do São Bento, no Jardim Mosteiro.
A data-base da categoria é 1º de março e a pauta foi entregue em 28 de fevereiro. As negociações devem se estender por vários dias, já que o próprio prefeito tem anunciado, desde outubro do ano passado, que a situação financeira da prefeitura é delicada – o tucano já chegou a anunciar cortes e medidas de contenção de despesas, além da suspensão de dívidas com fornecedores. Já o sindicato diz que a arrecadação de impostos aumentou junto com o crescimento populacional e que há espaço para o reajuste.
A categoria pede reajuste de 5,48% – são 3,78% de reposição da inflação acumulada entre fevereiro de 2018 e janeiro deste ano – com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indexador oficial usado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) –, e mais 1,7% de aumento real. O mesmo percentual (5,48%) será cobrado sobre o vale-alimentação da categoria e no auxílio nutricional dos aposentados e pensionistas.
No ano passado, depois de dez dias de greve, que terminou em 19 de abril, foi concedido reajuste salarial de 2,06% com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do IBGE, com acréscimo de 20% de ganho real, totalizando 2,5% de aumento. O mesmo percentual foi aplicado no vale-alimentação, que passou de R$ 862 para R$ 883,55, aporte de R$ 21,55, e na cesta básica nutricional dos aposentados. Os dias parados não foram descontados, mas a categoria teve de repor o período de greve.
O percentual de 2,5% foi o mais baixo em cerca de 13 anos – em 2005, na gestão de Welson Gasparini (PSDB), a categoria aceitou abono de R$ 120 e, em 2007, aumento de 3%. A paralisação foi a segunda mais longa da história da categoria, já que em 2017 a greve durou três semanas (21 dias). Em 2018, o sindicato pedia reajuste de 10,8%, mesmo índice de reposição sobre o valor atual do vale-alimentação e da cesta básica nutricional dos aposentados.
No ano anterior, já na gestão Duarte Nogueira, os servidores aceitaram aumento salarial de 4,69% em duas parcelas – a primeira ficou fixada em 2,35% no mês de março e 2,34% para setembro. Também receberam uma reposição de 4,69% em parcela única retroativa a março no vale-alimentação e na cesta básica nutricional dos aposentados. Nenhum dia foi descontado dos grevistas.