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Prefeitura discute Fábrica de Cultura 

A entrega a Casa da Cultura reformada ao Estado de São Paulo estava prevista para novembro, passou para janeiro e ainda não está atendendo (Alfredo Risk)

A prefeitura de Ribeirão Preto promoveu, na última terça-feira, 30 de janeiro, reunião virtual a partir do Centro Administrativo Prefeito José de Magalhães para tratar de detalhes da implantação da Fábrica de Cultura 4.0. A obra ainda não foi entregue.  
 
O encontro foi conduzido pelo secretário executivo estadual de Cultura e Economia Criativa, Marcelo Henrique de Assis, com a participação de representantes das secretarias municipais da Cultura e Turismo e Casa Civil, Organização Social Catavento Cultural e Educacional, técnicos da prefeitura e porta-voz da empresa responsável pelas obras de restauro. 
 
Foram definidos na reunião os ajustes e ações necessários para a transição do prédio municipal para a Catavento Cultural, que será responsável pela implantação e condução do Projeto Fábrica da Cultura de Ribeirão Preto, subsidiada pelo governo de São Paulo. A ocupação do prédio ocorrerá de forma gradativa e efetiva. 
 
Em 10 de janeiro, a Secretaria Municipal da Cultura e Turismo informou que as obras de reforma e readequação do prédio onde funcionava a Casa da Cultura Juscelino Kubitschek, no Complexo Cultural Morro do São Bento, deveriam ser finalizadas e entregues no final do mês. Em setembro do ano passado, a pasta havia informado que as intervenções terminariam em novembro, o que não aconteceu.  
 
Desde o começo dos trabalhos, em agosto de 2022, as obras enfrentaram problemas como embargo pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPE), em função do prédio ser tombado como patrimônio histórico pelo Conselho de Preservação do Patrimônio Cultural (Conppac). A falta de autorização do órgão para as reformas foi um dos motivos para o embargo que foi suspenso após a Prefeitura cumprir determinações feitas pela promotoria. 
 
Desde o início dos trabalhos, em agosto de 2022, foram vários problemas, como embargo pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) devido ao fato de o prédio ser tombado como patrimônio histórico pelo Conselho de Preservação do Patrimônio Cultural (Conppac).  
 
A falta de autorização do órgão para as reformas foi um dos motivos para o embargo, que foi suspenso após a prefeitura de Ribeirão Preto cumprir determinações feitas pela Promotoria do Patrimônio Público. As obras estão sendo bancadas pelo município, com investimento de R$ 4.259.547,71. Após a conclusão, o prédio será entregue ao Estado, que ficará responsável pela adequação de mobiliário, assim como pela gestão do espaço.  
 
A Organização Social Catavento Cultural foi escolhida pelo governo paulista para gerir o equipamento sendo responsável pelo cronograma de atividades e pela contratação de equipe gestora para atuar no local, de acordo com a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo. 
 
A primeira Fábrica de Cultura 4.0 do interior paulista terá 105 cursos com 2.670 vagas e 850 atividades de difusão, para um público estimado em 140 mil pessoas. Segundo foi anunciado pela prefeitura, o custeio anual será de R$ 9,6 milhões por parte do Estado. O aporte total em equipamentos será de R$ 9,9 milhões.  O projeto foca na formação, produção e difusão cultural e é destinado para jovens em situação de vulnerabilidade social de 14 a 24 anos. 
 
Cursos Os cursos serão divididos em Ateliês de Criação, destinados a crianças e jovens entre oito e 21 anos; Trilhas de Produção, para jovens entre 12 e 29 anos, além do Projeto Espetáculo, que proporciona uma experiência de produção artística em que os participantes, jovens entre 12 e 21 anos, vivenciam todos os aspectos da montagem de um espetáculo teatral. 
 
A Casa da Cultura Juscelino Kubitschek foi construída em 1976 e inaugurada no dia 26 de janeiro de 1977, com projeto arquitetônico sendo executado pelo arquiteto Durval Suave, que pensou em um espaço multiuso para realização simultânea de várias atividades. Integrante do Complexo Cultural Alto do São Bento, o prédio, ao longo do tempo, teve outras ocupações, até ser a sede administrativa da Secretaria da Cultura e Turismo. 
 
Em seu
espaço, concentra a Biblioteca Municipal Guilherme de Almeida
; a sala de Exposições Leonello Berti; um auditório com capacidade para 50 pessoas; a Escola de Belas Artes Cândido Portinari. que ministra cursos de pintura, escultura, aquarela, história de arte, entre outros; e o Museu da Imagem e do Som José da Silva Bueno. No seu jardim, encontram-se esculturas de Bassano Vaccarini (1914-2002) e de Thirso Cruz.
 
 
Com uma área de 250.880 metros quadrados, o Complexo do Morro São Bento é um dos mais importantes patrimônios de Ribeirão Preto. Foi criado em 21 de agosto de 1995, para preservação dos ecossistemas naturais, a recuperação das áreas degradadas e garantir o lazer à população em atividades culturais. 

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