Tribuna Ribeirão
Economia

Prefeitura agenda reunião com SSM

A prefeitura e o Sindicato dos Servidores Municipais de Ribei­rão Preto (SSM/RP) agendaram uma reunião para a próxima quinta-feira, 16 de novembro, para discutir uma alternativa ao prêmio-incentivo. O encontro na Secretaria Municipal da Admi­nistração será às 16 horas e con­tará com a participação do titular da pasta, Ângelo Pessini Júnior, de sindicalistas e vereadores.

A reunião está sendo tratada pelo sindicato como “decisiva” e foi marcada depois do ato reali­zado na tarde de quinta-feira (9), em frente ao Palácio Rio Bran­co – depois os servidores foram até a Câmara pedir o apoio dos parlamentares. O SSM/RP não descarta a deflagração de uma greve geral caso a prefeitura não encontre uma alternativa para a gratificação.

“Exigimos esse encontro porque é um caso de extrema urgência, os servidores estão em desespero e é preciso uma posi­ção definitiva do governo. Não nos calaremos diante daquilo que é nosso direito. Esta tem de ser a reunião decisiva para solucionar o problema ou então o caos será instalado no município. Uma greve geral não está descartada”, afirma Laerte Carlos Augusto, presidente do sindicato.

O sindicato entregou um “es­boço” do projeto de Vantagem Pessoal Nominalmente Identi­ficável (VPNI), uma forma de repor o valor que será cortado do salário do funcionalismo – o prêmio-incentivo foi extinto pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ/SP) com base em ação direta de inconstitucionalidade (Adin) proposta pela Procuradoria Ge­ral de Justiça (PGJ). A prefeitura já apresentou dois recursos ao Supremo Tribunal federal (TSF), que manteve a decisão de segun­da instância.

O TJ/SP também rejeitou embargos de declaração. Como não há garantia de que a admi­nistração irá obter autorização judicial para continuar pagando a gratificação, o SSM/RP quer que o governo Duarte Nogueira Jú­nior (PSDB) atenda a recomen­dação da comissão da Câmara que discute o assunto. No Legis­lativo, para atender aos 98 servi­dores efetivos e os 135 assessores dos 27 gabinetes, os vereadores aprovaram, há duas semanas, a instituição do “auxílio-refeição”, com o mesmo valor do prêmio­-incentivo extinto (R$ 588). Mas os mais de dez mil servidores da ativa e aposentados da prefeitura ainda não sabem se vão receber a gratificação nos próximos meses.

“Queremos uma lei que ga­ranta o prêmio-incentivo como parcela destacada do salário, como verba de natureza inde­nizatória”, diz Laerte Carlos Au­gusto, numa referência à pro­posta formulada pelo vereador Renato Zucoloto (PP) – sugeriu a elaboração, pelo Executivo, de um projeto de lei repondo o va­lor da gratificação como VPNI, prevista em lei.

Prefeitura – A Coordenado­ria de Comunicação Social (CCS) emitiu nota sobre o prêmio-in­centivo: “Desde que o Tribunal de Justiça de São Paulo decretou a inconstitucionalidade da lei, a ad­ministração municipal não tem medido esforços para garantir o direito dos trabalhadores. Tem também participado de todas as reuniões da comissão tripartite formada para solucionar o pro­blema e ouvido e analisado as su­gestões apresentadas”.

“Ao mesmo tempo tem apre­sentado defesas em tempo hábil e de forma bem fundamentada às instâncias competentes. Agora tentará outras medidas junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), buscando a solução jurídica mais viável para garantir a solução de­finitiva e com a devida segurança jurídica”, informa.

O prêmio-incentivo é pago desde 1994. Para a maioria dos servidores, a gratificação é, em média, de R$ 510 e corresponde a 25% do salário-base (mas den­tro dos limites mínimo de R$ 294 e máximo de R$ 588), mais 3% de produtividade. Na Câmara, o prêmio-incentivo corresponde a um valor fixo de R$ 588 (igual ao do recém-criado “auxílio-refei­ção”), mais 3% de produtividade.

Para os professores, é de 25%, mas a categoria tem dez dife­rentes cargas horárias de traba­lho e 27 níveis salariais. No caso dos médicos e dos dentistas, o prêmio-incentivo corresponde a mais da metade do salário. Para os formados em medicina, é e 47% do salário-base, mais 25% e mais 3% de produtividade. Já os profissionais de odontologia re­cebem 28%, mais 25% e mais 3%.

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