Os preços dos combustíveis dispararam em Ribeirão Preto nesta terça-feira, 5 de setembro, como consequência da passagem do furacão Harvey pelo Golfo do México, que destruiu várias refinarias dos Estados Unidos, o maior consumidor de petróleo do mundo. Como a nova política da Petrobras determina a equiparação diária com o mercado internacional, o fenômeno natural acabaou afetando o mercado brasileiro.
Nesta terça-feira, começou a vigorar nas refinarias do Brasil o aumento de 0,1% no preço do diesel e de 3,3% na gasolina, mas o reajuste acumulado já passa de 10% em uma semana. O valor do álcool subiu para inibir a demanda e evitar o desabastecimento. Em Ribeirão Preto, o litro do etanol já custa R$ 2,40 (R$ 2,399) nos postos sem-bandeira e R$ 2,50 (R$ 2,499) na maioria dos bandeirados da cidade. A gasolina é vendida por R$ 3,90 (R$ 3,899) e R$ 4 (R$ 3,999) e o óleo diesel, por R$ 2,95 (R$ 2,949) e R$ 3,50 (R$ 3,499), respectivamente.
Nos sem-bandeira, a alta chega a 23,7%. Saltou de R$ 1,94 (R$ 1,939) para R$ 2,40 (R$ 2,399), acréscimo de R$ 0,46. Para encher um tanque de 50 litros nestes estabelecimentos o consumidor gastará R$ 120. Antes, saía por R$ 97 – são R$ 23 a mais atualmente. Nos bandeirados, o aumento médio foi de 25%. O litro passou de R$ 2 (R$ 1,999) para R$ 2,50 (R$ 2,499), aporte de R$ 0,50. O consumidor, que antes desembolsava R$ 100 para abastecer, agora terá de pagar R$ 125. A variação nos preços entre independentes e franqueados é de 4,16% ou R$ 0,10. A diferença para encher um tanque de 50 litros chega a R$ 5.
O preço da gasolina subiu 20% nos sem-bandeira, de R$ 3,25 (R$ 3,249) para R$ 3,90 (R$ 3,899), aporte de R$ 0,65. Quem quiser encher um tanque de 50 litros vai gastar mais R$ 32,5 – passou de R$ 162,5 para R$ 195. Nos bandeirados, a alta foi de 14,3%. O litro antes vendido por R$ 3,50 (R$ 3,499) agora sai das bombas por R$ 4 (R$ 3,999), acréscimo de R$ 0,50. Quem pagava R$ 175 para abastecer o carro agora vai gastar R$ 200, ou R$ 25 a mais. A variação entre postos é de 2,56% ou R$ 0,10. Na hora de encher o tanque pode custar até R$ 5 a mais.
A alta do óleo diesel nos independentes foi de 5,35% – passou de R$ 2,80 (R$ 2,799) para R$ 2,95 (R$ 2,949), acréscimo de R$ 0,15. Encher o tanque custava R$ 140 e agora sai por R$ 147,5, ou R$ 7,5 a mais. Nos franqueados o derivado de petróleo era vendido a R$ 3,10 (R$ 3,099) e agora custa R$ 3,50 (R$ 3,499), aumento de 12,9% e gasto extra de R$ 0,40. Consumidor vai desembolsar R$ 20 a mais para abastecer – tanque e 50 litros passou de R$ 155 para R$ 175. A variação entre postos chega a 18,6%, ou R$ 0,55. Diferença para encher o tanque chega a R$ 27,5.
Ainda é mais vantajoso abastecer com álcool. Com o litro do etanol a R$ 2,40 nos postos sem-bandeira, e o da gasolina a R$ 3,90, a paridade está em 61,53%. Nos bandeirados, com o etanol a R$ 2,50 e o derivado e petróleo a R$ 4, a relação chega a 62,5%. Segundo especialistas, a vantagem evapora quando esse índice atinge 70%.
De acordo com o Centro de Pesquisas Econômicas (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) – vinculada à Universidade de São Paulo (USP) –, na semana passada, entre os dias 28 de agosto e 1º de setembro, o valor do litro do etanol hidratado subiu 0,24% nas unidades produtoras, de R$ 1,3999 para R$ 1,4032.
Já o litro do álcool anidro – adicionado à gasolina em 25% – aumentou 1,70%, de R$ 1,5468 para R$ 1,5731 no mesmo período. O último levantamento da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), entre os dias 27 de agosto e 2 e setembro, não apurou os preços em Ribeirão Preto.