O Índice de Preços ao Produtor (IPP), que inclui preços da indústria extrativa e de transformação, registrou baixa de 0,18% em dezembro ante recuo de 0,34% em novembro, informou nesta quinta-feira, 1º de fevereiro, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O IPP mede a evolução dos preços de produtos na “porta da fábrica”, sem impostos e fretes, da indústria extrativa e de 23 setores da indústria de transformação. Considerando apenas a indústria extrativa, houve alta de 2,30% em dezembro, após recuo de 7,09% registrado em novembro.
Já a indústria de transformação registrou baixa de 0,31% em dezembro ante alta de 0,03% no IPP de novembro. Com o resultado de dezembro, o IPP acumulou um recuo de 4,98% no ano de 2023. Segundo o IBGE, esse foi o menor acumulado para um ano da série histórica, aberta em 2014.
As maiores variações de preço no ano aconteceram em produtos químicos, que caíram 17,25%, seguidos do refino de petróleo e biocombustíveis, que recuaram 15,45%, além de papel e celulose (-15,23%) e metalurgia (-9,77%), segundo os dados do IBGE.
Em termos de influência no índice geral, as maiores foram justamente do refino de petróleo e biocombustíveis, com -1,85 ponto percentual, além de outros produtos químicos (-1,51 p.p.), metalurgia (-0,60 p.p.) e alimentos (-0,60 p.p.), informa o IBGE, que divulgou os acumulados do ano de 2023 para as chamadas grandes categorias econômicas.
Foram bens de capital, com recuo de preços de 1,62%, bens intermediários, com queda de 7,87% e bens de consumo com recuo de 0,96%.
Desagregando este último dado, houve alta de 2,37% para os bens de consumo duráveis e queda de preços acumulada de 1,61% para bens de consumo semiduráveis e não duráveis.
A queda de 0,18% nos preços dos produtos industriais na porta de fábrica em dezembro foi decorrente de recuos em metade (doze) das 24 atividades pesquisadas, segundo dados do Índice de Preços ao Produtor, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
As quatro atividades com maiores variações, informou o IBGE, foram refino de petróleo e biocombustíveis, cujos preços caíram 4,05% em dezembro ante novembro; indústrias extrativas, com alta de preços de 2,30% na mesma comparação; papel e celulose (+2,01%); e perfumaria, sabões e produtos de limpeza (+1,50%).
O setor de refino de petróleo e biocombustíveis foi destaque em termos de impacto negativo, subtraindo 0,45 ponto percentual (p p.) da variação do índice geral. Outras atividades que se sobressaíram foram alimentos, (+0,14 p p.); indústrias extrativas (+0,11 p.p.), e outros produtos químicos (-0,09 p.p).
Os bens de capital ficaram 0,27% mais baratos na porta das fábricas em dezembro. Esse resultado ocorre após esses preços já terem recuado 0,49% em novembro. Os bens intermediários registraram queda de 0,49% nos preços em dezembro, ante redução de 0,64% em novembro.
Já os preços dos bens de consumo subiram 0,31% em dezembro, depois da alta de 0,15% nos preços em novembro. Dentro dos bens de consumo, os bens duráveis tiveram baixa de 0,11% em dezembro, ante alta de 0,28% no mês anterior. Os bens de consumo semiduráveis e não duráveis avançaram 0,40% em dezembro, após a alta de 0,12% registrada em novembro.
A queda de 0,18% do IPP em dezembro teve contribuição de -0,02 ponto percentual de bens de capital; -0,27 ponto percentual de bens intermediários; e +0,11 ponto percentual de bens de consumo, sendo -0,01 ponto percentual de bens de consumo duráveis e +0,12 ponto percentual de bens de consumo semiduráveis e não duráveis.