Tribuna Ribeirão
Economia

Preço do tomate tem a maior alta histórica

Os consumidores devem se preparar para o reflexo da infla­ção nas hortaliças, em especial o tomate. Os preços de comer­cialização desse produto nos principais mercados atacadistas do país nunca estiveram tão al­tos. No mês passado, a elevação foi registrada em todas as Cen­trais de Abastecimento (Ceasas) pesquisadas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Co­nab). E a tendência é que os pre­ços continuem aumentando em abril, como aponta o 4º Boletim Prohort, divulgado nesta semana.

A notícia prejudica a prepara­ção das tradicionais ceias de Pás­coa em todo o país, principalmente em Goiânia, que registrou a maior alta no atacado, cerca de 90% em março. Nos outros mercados estu­dados, os acréscimos de cotação também foram significativos, va­riando na casa de 40% em Fortale­za e no Rio de Janeiro, e acima de 30% em Vitória, São Paulo e Belo Horizonte. Já na primeira quinzena de abril, o produto registra o maior preço praticado desde o início da série histórica.

“A performance dos preços ele­vados em março é consequência direta das menores quantidades ofertadas do fruto aos mercados, uma vez que as condições climá­ticas não favoreceram o desen­volvimento nas lavouras”, explica a gerente de Modernização do Mercado Hortigranjeiro da Conab, Joyce Rocha Fraga. “Aliado a isso, os preços pouco atrativos em 2018 fizeram com que os produtores di­minuíssem a área plantada, o que significou também menos tomate entrando no mercado”.

De acordo com o boletim, outra hortaliça de destaque foi a batata. Mas, apesar da ascensão de preços desde outubro de 2018, esse mo­vimento de alta tem perdido força. “Mesmo assim, a hortaliça ainda tem pesado na hora da compra para o consumidor, e essa tendên­cia deve se manter até o final deste mês”, pondera Fraga. Esse com­portamento de alta foi registrado em todos os produtos comerciali­zados no atacado.

Em relação às frutas, a menor oferta de banana, laranja e ma­mão também influenciaram na alta dos preços. Apenas maçã e melancia tiveram desempenho contrário, com queda nas Ceasas pesquisadas. No caso da última, o menor preço ocorreu por conta da grande oferta fornecida pelo mu­nicípio de Teixeira de Freitas/BA, com a entrada da safrinha paulis­ta e devido à queda da demanda pelo clima mais ameno nas regi­ões consumidoras.

O levantamento é feito men­salmente pelo Programa Brasilei­ro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort) da Co­nab, a partir de informações for­necidas pelos grandes mercados atacadistas do país, nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Para­ná, Goiás, Pernambuco e Ceará.

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