A Petrobras reajustou os preços do gás liquefeito de petróleo para uso residencial, envasado pelas distribuidoras em botijões de até 13 quilos (GLP P-13), em 8,9%, em média. O novo aumento do gás de cozinha, o sexto do ano e o quinto consecutivo, vale desde a zero horas desta terça-feira, 5 de dezembro.
Em Ribeirão Preto, que lidera o ranking da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço do botijão de 13 quilos pode saltar para R$ 85 em alguns bairros.
A cidade já vende o GLP mais caro do Estado. Segundo o último levantamento da ANP, realizado entre 26 de novembro e 2 de dezembro, o valor do gás de cozinha ribeirão-pretano é de R$ 76,86 (mínimo de R$ 65 e máximo de R$ 78). Para os revendedores, é vendido, em média, por R$ 50,49 (piso de R$ 50 e teto de R$ 57,80). A variação chega a 45,6% – diferença de R$ 26,37. De acordo com a Petrobras, o reajuste desta semana foi causado principalmente pela alta das cotações do produto nos mercados internacionais, que acompanharam a alta do Brent.
“Como a lei brasileira garante liberdade de preços no mercado de combustíveis e derivados, as revisões feitas nas refinarias podem ou não se refletir no preço final ao consumidor. Isso dependerá de repasses feitos especialmente por distribuidoras e revendedores”, diz a estatal. O ajuste anunciado foi aplicado sobre os preços praticados sem incidência de tributos. Se for integralmente repassado aos preços ao consumidor, a companhia estima que o preço do botijão de GLP P-13 pode ser reajustado, em média, em 4,0% ou cerca de R$ 2,53 por botijão, isso se forem mantidas as margens de distribuição e de revenda e as alíquotas de tributos.
Em Ribeirão Preto, considerando os preços da ANP, o gás de cozinha passaria a ser vendido entre R$ 68 e R$ 82. No entanto, como os preços praticados na cidade são mais elevados (entre R$ 72 e R$ 80), deve saltar para entre R$ 75 e R$ 83 – a entrega em domicílio também tem uma taxa adicional. Desde o início do ano, quando era vendido a R$ 50, em média, o reajuste chega a 70%, ou R$ 35 a mais, se o reajuste desta semana for integralmente repassado. O produto também é um dos vilões da inflação deste ano, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indexador oficial medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O último reajuste da Petrobras ocorreu em 5 de novembro, quando o botijão do GLP P-13 subiu 4,5%. A alteração atual não se aplica ao produto de uso industrial/comercial. No ranking do gás mais caro da ANP, depois de Ribeirão Preto aparecem São Caetano do Sul (R$ 72,50, piso de R$ 69,99 e teto de R$ 75), Santa Cruz do Rio Pardo (R$ 71,33, mínimo de R$ 68 e máximo de R$ 75), Santos (R$ 71,16, piso de R$ 58 e teto R$ 89,90, o valor mais alto do estado) e Ibitinga R$ 70,25 (mínimo de R$ 70 e máximo de R$ 71). Na região, o botijão está mais barato em Bebedouro (média de R$ 64,89), Franca (R$ 63,22) e Sertãozinho (R$ 62,67).
Diesel e gasolina – A Petrobras anunciou um novo reajuste para os combustíveis, com aumento de 0,7% no preço do diesel nas refinarias e queda de 1,3% no valor da gasolina. Os novos preços valem a partir desta terça-feira (5).