A Petrobras anunciou a terceira redução no preço do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) nos últimos dez dias, de 10% nas refinarias a partir desta terça-feira, 31 de março. Com mais essa queda, o valor do produto, que afeta as famílias de baixa renda, acumula corte de 21% nos preços neste ano.
Antes dessas reduções, o preço praticado pela estatal estava 45% acima da paridade com a cotação internacional. O preço nas refinarias passa a ser de R$ 21,85 para o botijão de 13 quilos (gás de cozinha). A redução atinge tanto o GLP residencial como industrial.
Segundo a Petrobras, a empresa está reforçando o abastecimento de GLP no mercado através de compras adicionais já efetuadas dentro do seu programa de importação, depois que a crise provocada pelo coronavírus fez muitas famílias estocarem o combustível, levando à escassez pontual em alguns centros urbanos, segundo informou mais cedo o Ministério de Minas e Energia (MME).
Ao todo, a Petrobras fez a importação de três carregamentos, um que chegaria nesta segunda-feira e outros dois previstos para 6 e 10 de abril. Cada navio tem capacidade adicional de 20 milhões de quilos de GLP, equivalente a 1,6 milhão de botijões de 13 quilos.
A companhia disse ainda que não há necessidade de estocar o produto, e pediu para que as distribuidoras repassem a queda de preços para o consumidor. “Não há qualquer necessidade de estocar GLP neste momento, pois não haverá falta de produto para abastecer a população”, afirmou a estatal.
Segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), realizado em 108 cidades paulistas entre 22 e 28 de março, o preço do botijão de 13 quilos vendido em Ribeirão Preto é de R$ 68,24 (mínimo de R$ 65 e máximo de R$ 72) – depois de meses na liderança e há mais de dois anos oscilando entre o primeiro quinto lugar, sempre acima de R$ 80, não aparece mais no ranking dos dez mais caros do estado.
As 24 distribuidoras de gás da cidade vendem 3.300 unidades por dia para os comerciantes. Para definir o preço do botijão de 13 quilos do gás de cozinha que será repassado ao consumidor, os estabelecimentos consideram os gastos com mão de obra, a logística, a tributação e a margem de lucro dos estabelecimentos.
Os revendedores de Ribeirão Preto pagam hoje R$ 53,33 pelo botijão (mínimo de R$ 50 e teto de R$ 55). A variação entre o valor pago pelo revendedor e pelo consumidor chega a chega a 27,9%, diferença de R$ 14,91. O primeiro lugar do ranking dos mais caros é da região.
São Carlos repassa o GLP por R$ 80,98 (piso de R$ 75 e teto de R$ 91), cerca de 18,6% acima ao preço médio do produto ribeirão-pretano, diferença de R$ 12,74. O valor médio cobrado do consumidor em Ribeirão Preto (R$ 68,24) ainda está R$ 13,53 acima do praticado em Olímpia, de R$ 54,71 (mínimo de R$ 50 e máximo de R$ 60), o produto mais barato do estado, variação de 224,7%.