A Central de Monitoramento da Associação Núcleo Postos Ribeirão Preto apurou tendência de alta média de até R$ 0,20 no preço do litro do etanol, para os próximos dias nas bombas da cidade. O aumento começou a ser praticado das distribuidoras para os postos no início de novembro por causa da entressafra da cana-de-açúcar.
“Os postos conseguiram segurar o reajuste por alguns dias, no entanto, chegou em um patamar no qual será preciso repassar os percentuais acumulados para o preço final”, explica Fernando Roca, presidente da Associação que reúne 100 postos de combustíveis de Ribeirão Preto e região.
“É o período em que as usinas param de produzir etanol para fazer a manutenção e a preparação do parque industrial visando a próxima safra. Isso acontece todo ano e está dentro da normalidade”., diz Fernando Roca sobrea entressafra da cana.
“De agora até a reinício da safra, em 2025, os estoques reguladores é que vão ditar a variação do preço do etanol no mercado, conforme a lei da oferta e da procura”, analisa. A alta do etanol também deve impactar no preço do litro da gasolina que possui 27% do biocombustível em sua composição.
Enquanto isso, a orientação ao consumidor é que pesquise os preços e faça a chamada conta da paridade. “Se o valor do litro de etanol equivaler a, no máximo, 70% do preço do litro de gasolina, compensará abastecer com etanol. Lembrando que é importante abastecer em um posto de confiança”, finaliza Roca.
Até esta terça-feira, 26 de novembro, o litro do etanol custava, em média, R$ 4,29 nos postos bandeirados, enquanto a gasolina era vendida por R$ 6,19 e o litro do óleo diesel saía por R$ 6,49. Nos sem-bandeira, o derivado da cana custava R$ 4,17 e os de petróleo eram ambos negociados por R$ 5,99.
Segundo o levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), realizada entre 17 e 23 de novembro, o litro do etanol vendido em Ribeirão Preto custa, em média, R$ 4,08 (mínimo de R$ 3,93 e máximo de R$ 4,39), contra R$ 4,07 (piso de R$ 3,93 e teto de R$ 4,3
da semana anterior, alta de 0,25% e acréscimo de apémnas R$ 0,01.
O litro da gasolina custa, em média, R$ 6,16 (mínimo de R$ 5,95 e máximo de R$ 6,49), contra R$ 6,14 (piso de R$ 5,93 e máximo de R$ 6,49) do levantamento realizado entre 10 e 16 de novembro, aumento de 0,33% e aporte de R$ 0,02, aponta a ANP.
Paridade – O litro do diesel custa, em média, R$ 6,00 (mínimo de R$ 5,59 e máximo de R$ 6,49). A paridade entre o etanol e a gasolina está em 66,238%, abaixo do limite – atingiu 80,5% no final de 2021. Ainda é vantajoso abastecer com álcool porque esta relação não supera 70%.
A gasolina aditivada sai por R$ 6,23 (mínimo de R$ 5,93 e máximo de R$ 6,59). O litro do óleo diesel S-10 custa R$ 6,14 (piso de R$ 5,56 e teto de R$ 6,49), segundo o levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis .
Média – Segundo a ANP, o preço do etanol de Ribeirão Preto está 0,74% acima ao da média nacional, de R$ 4,05 para o derivado da cana-de-açúcar, acréscimo de R$ 0,03. A gasolina está 0,98% mais cara: R$ 0,06 a mais que os R$ 6,10 do restante do país.
O etanol ribeirão-pretano está bem mas caro do que a média estadual, de R$ 3,91. São R$ 0,17 a mais, variação de 4,35%. A gasolina de Ribeirão Preto também acima: supera a mediana paulista em 3,701% mais, acréscimo de R$ 0,22 em relação aos R$ 5,92 do restante do estado, segundo a ANP.
Usinas – Na sexta-feira, 22 de novembro, o preço do álcool combustível ficou estável nas usinas paulistas, com leve alta de 0,03%. O valor do hidratado está acima de R$ 2,60, mas “encostou” nos R$ 3,90 no final de 2021. Passou de R$ 2,6278 para R$ 2,6287 por litro. ‘
Já o valor do anidro – adicionado à gasolina em até 27% – avançou 1,30% no período, de R$ 2,8783 o litro para R$ 2,9157, em média. Os dados foram divulgados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP).