Os preços dos combustíveis dispararam em Ribeirão Preto desde sexta-feira, 19 de fevereiro, mesmo dia em que os reajustes anunciados pela Petrobras entraram em vigor e quando o litro do etanol hidratado registrou alta recorde nas usinas paulistas.
Segundo levantamento semanal da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), realizado entre 14 e 20 fevereiro, o preço do etanol registrado na semana passada na cidade é recorde e atingiu R$ 3,143 em média – maior valor da história desde que a agência passou a pesquisar preços no município.
O antigo recorde era de R$ 3,090, do dia 30 de janeiro, e agora saltou de R$ 3,076 para R$ 3,143, alta de 2,2. O litro da gasolina agora custa, em média, R$ 4,601, aumento de 1,8% em relação aos R$ 4,518 cobrados até dia 13. A competitividade entre os derivados de cana-de-açúcar e de petróleo está no limite, em 68,3%. Desde dezembro que a paridade oscila entre 68% e mais de 70%.
A competitividade era de 68,1% até dia 13. Entre 24 e 30 de janeiro, por exemplo, chegou a 70,4%. Considerando os valores médios da agência, ainda é vantajoso abastecer com o derivado de cana-de-açúcar, já que a paridade com a gasolina ainda não ultrapassou o limite – deixa de ser vantagem encher o tanque com álcool quando a relação chega a 70%.
Em Ribeirão Preto, a gasolina aditivada sai por R$ 4,702, reajuste de 1,1% em relação aos R$ 4,650 do período anterior, de acordo com a agência reguladora. O litro do óleo diesel é vendido, em média, por R$ 3,750, queda de 0,5% ante os R$ 3,769 do dia 13. O diesel S10 custa R$ 3,905, valor 1,7% acima dos R$ R$ 3,841 cobrados anteriormente.
A gasolina derivado de petróleo já estava sendo vendida por R$ 5,20 (R$ 5,199) em alguns revendedores de Ribeirão Preto desde a semana passada. Na segunda-feira (22), o litro do etanol voltou a subir nas bombas da cidade e já custa entre R$ 3,50 (R$ 3,499) e R$ 3,60 (R$ 3,599) em vários postos bandeirados.
O preço do álcool hidratado subiu pela nona semana seguida nas unidades produtoras do estado, bateu novo recorde de reajuste e superou a barreira de R$ 2,50 nas usinas paulistas. Os dados foram divulgados na última sexta-feira (19) pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP).
O litro do produto saltou de R$ 2,2474 para R$ 2,5268, aumento de 12,43% – já havia registrado elevação de 5,41% no dia 12. Acumula avanço de 37,27% em cinco meses, segundo os dados semanais do Cepea. O preço do anidro – adicionado à gasolina em até 27% – subiu e está perto de ultrapassar R$ 2,80. Passou de R$ 2,4993 para R$ 2,7649, alta de 10,63%. O aumento acumulado em 150 dias é de 29,53%.
Os preços da gasolina e do óleo diesel vendidos nas refinarias da Petrobras ficaram 10,2% e 14,7% mais caros, respectivamente. O reajuste de sexta-feira (19) foi quarto do ano para o combustível: o diesel já subiu três vezes em 2021. Com os novos reajustes, o litro da gasolina nas refinarias acumula alta de 34,78% desde o início do ano. Já o diesel subiu 27,72% no mesmo período.
Os postos de Ribeirão Preto acompanharam as distribuidoras e repassaram a alta de preços para o consumidor final. Nas bombas, o litro do derivado de petróleo já custa entre R$ 4,40 (R$ 4,399) e R$ 4,60 (R$ 4,599) nos sem-bandeira e até R$ 5,20 (R$ 5,199) nos bandeirados – as médias são de R$ 4,50 (R$ 4,499) e R$ 5 (R$ 4,999), respectivamente.
A nova gasolina, com 5% a mais de octanagem, é vendida por até R$ 5,80 (R$ 5,799). O etanol custa entre R$ 3,15 (R$ 3,149) e R$ 3,40 (R$ 3,399) nos independentes e de R$ 3,40 (R$ 3,399) a R$ 3,60 (R$ 3,599) nos franqueados – as médias são de R$ 3,30 e R$ 3,50 (R$ 3,599), respectivamente.
No acumulado do ano passado, houve redução de 4,1% no preço da gasolina nas refinarias da Petrobras, mas a queda não chegou às bombas. Segundo a estatal, em 2020 foram feitos 41 reajustes no combustível. Foram 20 aumentos e 21 quedas no valor do litro. O diesel acumulou queda de 13,2% no ano passado, em um total de 32 reajustes, com 17 aumentos e 15 reduções no valor.