O preço do etanol hidratado despencou nas usinas paulistas na semana passada. Em meio à safra de cana-de-açúcar, foi a terceira queda seguida após mais de dois meses de alta nas unidades produtoras do estado, e agora está na casa de R$ 2,30. Os dados foram divulgados na sexta-feira, 26 de março.
Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP), o litro do produto baixou de R$ 2,7414 para R$ 2,3071, recuo de 15,84% – havia registrado queda 5,66% no dia 19 e de 0,04% no dia 12 e elevação de 7,27% no dia 6.
Ainda acumula 10,82% de alta este ano. Vinte dias atrás estava na faixa de R$ 2,90. O preço do anidro – adicionado à gasolina em até 27% – também despencou e agora está na casa de R$ 2,50, depois de ultrapassar os R$ 3 na primeira semana de março
Baixou de R$ 2,9841 para R$ 2,5096, queda de 15,90%. O aumento acumulado em um mês está em 4,56% – recuou 4,44% no dia 19 e 0,44% no dia 12 e subiu 7,07% no dia 6, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada.
Na última quinta-feira (25), a Petrobras reduziu o preço dos combustíveis em suas refinarias. O desconto é de R$ 0,11 nos principais derivados de petróleo da estatal. O litro da gasolina caiu 3,7%, para R$ 2,59 em média, e o do diesel está em R$ 2,75/l, queda de 3,8%.
A redução no diesel vem após cinco altas consecutivas este ano. Já a gasolina subiu seis vezes antes de ter o preço reduzido em 4,95% na semana passada. Com a mudança, a gasolina passa a acumular alta de 40,76% desde o início do ano, enquanto o diesel subiu 36,14%.
Em dezembro, os litros dos combustíveis custavam respectivamente R$ 1,84 e R$ 2,02. A expectativa do consumidor é se este ajuste chegará às bombas, porque quando há aumento o repasse é imediato. Alguns revendedores bandeirados de Ribeirão Preto já reduziram os preços dos combustíveis, mas outros ainda vendem o litro da gasolina por R$ 5,70 (R$ 5,697).
Outros comercializam o derivado de petróleo por R$ 5,40 (R$ 5,399). A média nos franqueados é de R$ 5,50 (R$ 5,499). Nos sem-bandeira, custa entre R$ 4,60 (R$ 4,599) e R$ 5,20 (R$ 5,199), com preço médio de R$ 4,80 (R$ 4,799). A nova gasolina, com 5% a mais de octanagem, é vendida por até R$ 5,80 (R$ 5,797).
O etanol custa entre R$ 3,50 (R$ 3,499) e R$ 3,94 (R$ 3,939) nos independentes e R$ 3,60 (R$ 3,599) e R$ 4,20 (R$ 4,199) nos bandeirados – as médias são de R$ 3,60 (R$ 3,599) e R$ 3,80 (R$ 3,79), respectivamente. O aditivado custa até R$ 4,20 (R$ 4,197).
Segundo levantamento semanal da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), realizado entre 21 e 27 de março, o preço médio do etanol hidratado, que havia registrado recorde em Ribeirão Preto no dia 20, com média de R$ 4,036 – maior valor da história desde que a agência passou a pesquisar preços no município –, agora custa R$ 3,735, recuo de 7,4%.
O litro da gasolina agora custa, em média, R$ 5,285, queda de 3,4% em relação aos R$ 5,471 cobrados anteriormente. A competitividade entre os derivados de cana-de-açúcar e de petróleo ainda está acima do limite, mas baixou para 70,7%. Era de 73,8% no dia 20 e de 74,5% em 13 de março. A paridade oscila entre 68% e mais de 70% desde dezembro.
Considerando os valores médios da agência, ainda não é vantajoso abastecer com o derivado de cana-de-açúcar, já que a paridade com a gasolina ainda não ultrapassou o limite – deixa de ser vantagem encher o tanque com álcool quando a relação chega a 70%.
Em Ribeirão Preto, a gasolina aditivada sai por R$ 5,385, retração de 4% em relação aos R$ 5,612 do período anterior, de acordo com a agência reguladora. O litro do óleo diesel é vendido, em média, por R$ 4,257, alta de 1,3% ante os R$ 4,204 do dia 20. O diesel S10 custa R$ 4,311, valor 3,8% abaixo dos R$ 4,483 cobrados anteriormente.