Os preços dos combustíveis dispararam em Ribeirão Preto, neste início de ano, por causa dos reajustes da gasolina e do óleo diesel anunciados pela Petrobras e da sequência de aumentos que o etanol vem sofrendo nas usinas paulistas por causa da entressafra.
Segundo levantamento semanal da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), realizado entre 7 e 13 de março, o preço do etanol hidratado bateu recorde na semana passada em Ribeirão Preto e já custa quase R$ 4. A média na cidade é de R$ 3,915 – maior valor da história desde que a agência passou a pesquisar preços no município.
O antigo recorde era de R$ 3,743, do dia 6 de março. A alta em uma semana é de 4,6%. O litro da gasolina agora custa, em média, R$ 5,252, aumento de 3,2% em relação aos R$ 5,091 cobrados anteriormente. A competitividade entre os derivados de cana-de-açúcar e de petróleo ultrapassou o limite e chegou a 74,5%. A paridade oscila entre 68% e mais de 70% desde dezembro.
A competitividade era de 73,5% no dia 6 e de 71,5% em 26 de fevereiro. Estava em 68,3% até dia 20. Considerando os valores médios da agência, já não é mais vantajoso abastecer com o derivado de cana-de-açúcar, já que a paridade com a gasolina ainda não ultrapassou o limite – deixa de ser vantagem encher o tanque com álcool quando a relação chega a 70%.
Em Ribeirão Preto, a gasolina aditivada sai por R$ 5,396, reajuste de 3,9% em relação aos R$ 5,191 do período anterior, de acordo com a agência reguladora. O litro do óleo diesel é vendido, em média, por R$ 4,112, queda de 2,2% ante os R$ 4,203 do dia 6. O diesel S10 custa R$ 4,286, valor 0,4% acima dos R$ 4,268 cobrados anteriormente.
Alguns revendedores bandeirados de Ribeirão Preto já vendem o litro da gasolina por R$ 5,70 (R$ 5,697). Outros comercializam o derivado de petróleo por R$ 5,40 (R$ 5,399). A média nos franqueados é de R$ 5,50 (R$ 5,499). Nos sem-bandeira, custa entre R$ 4,60 (R$ 4,599) e R$ 5,20 (R$ 5,199), com preço médio de R$ 4,80 (R$ 4,799).
A nova gasolina, com 5% a mais de octanagem, é vendida por até R$ 5,80 (R$ 5,797). O etanol custa entre R$ 3,50 (R$ 3,499) e R$ 3,94 (R$ 3,939) nos independentes e R$ 3,60 (R$ 3,599) e R$ 4,20 (R$ 4,199) nos bandeirados – as médias são de R$ 3,60 (R$ 3,599) e R$ 3,80 (R$ 3,79), respectivamente. O aditivado custa até R$ 4,20 (R$ 4,197). O movimento ontem caiu durante a tarde, reflexo também da fase vermelha do Plano São Paulo.
No dia 9, começou a valer o sexto aumento da gasolina e o quinto do óleo diesel deste ano. Os combustíveis da Petrobras subiram, respectivamente, 9,2% e 5,5% nas refinarias da estatal. Desde o início do ano, os produtos acumulam altas de 54% e 41,6% nas unidades da petrolífera.
Depois de onze semanas seguidas de alta nas unidades produtoras do estado, o preço do etanol hidratado recuou nas usinas paulistas, mas segue acima de R$ 2,90. Os dados foram divulgados na última sexta-feira (12), pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP).
O litro do produto baixou de R$ 2,9071 para R$ 2,9059, recuo de 0,04% – havia registrado elevação de 7,27% no dia 6, de 7,25% em 26 de fevereiro, de 12,43% no dia 19 e de 5,41% no dia 12 , ainda acumulando 32,32% de alta em um mês. Em cerca de seis meses, avançou 51,75%, segundo os dados semanais divulgados pelo do Cepea.
O preço do anidro – adicionado à gasolina em até 27% – caiu, mas continua acima de R$ 3,10. Baixou de R$ 3,1366 para R$ 3,1229, queda de 0,44%. O aumento acumulado em um mês chega a 26,6% – de 7,07% no dia 6, 5,95% no dia 26, de 10,63% no dia 19 e de 2,95% do dia 12. Em quase seis meses, está em 42,11%. A expectativa é para saber se a retração chegará às bombas.