Os combustíveis estão mais caros em Ribeirão Preto e o consumidor deve analisar o desempenho de seu veículo antes de abastecer. A relação entre o preço do etanol e o da gasolina está em 70,4%, segundo o mais recente levantamento semanal da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), realizado entre 24 e 30 de janeiro.
Desde dezembro que a paridade está no limite em Ribeirão Preto, sempre entre 69% e mais de 70%. O litro da gasolina custa, em média, R$ 4,389, alta de 0,7% em relação aos R$ 4,356 cobrados até dia 23. O do etanol superou a casa dos R$ 3 e saltou para R$ 3,090, o maior valor da história desde que a ANP passou a pesquisar preços na cidade.
O aumento chega a 2% na comparação com os R$ 3,027 do levantamento anterior. Considerando os valores médios da agência, não é vantajoso abastecer com o derivado de cana-de-açúcar, já que a paridade com a gasolina ultrapassou o limite (70,4%) – deixa de ser vantagem encher o tanque com álcool quando a relação chega a 70%.
O consumidor deve analisar o desempenho de seu veículo antes de abastecer. Por causa dos avanços tecnológicos e da melhor qualidade do etanol produzido no Brasil, especialistas dizem que este índice pode ser de até 80%. No estado de São Paulo, maior produtor nacional, a paridade é de 70,10% – a competitividade estava em 70,21% e 70,49% nas semanas anteriores.
Em Ribeirão Preto, a gasolina aditivada sai por R$ 4,467, aumento de 0,1% em relação aos R$ 4,461 do período anterior. O litro do óleo diesel é vendido, em média, por R$ 3,658, alta de 0,3% ante os R$ 3,645 do dia 23. O diesel S10 custa R$ 3,746, também 1,4% acima dos R$ 3,694 cobrados anteriormente.
Nos postos de Ribeirão Preto, o litro da gasolina custa, em média, entre R$ 4,30 (R$ 4,299) nos sem-bandeira e R$ 4,60 (R$ 4,599) nos bandeirados. A nova, com 5% a mais de octanagem, é vendida por até R$ 5,60 (R$ 5,599). O etanol custa entre R$ 3,06 (R$ 3,059) nos independentes e R$ 3,30 (R$ 3,299) nos franqueados.
A gasolina produzida nas refinarias da Petrobras está 5% mais cara desde 27 de janeiro. Segundo a estatal, o preço médio de venda para as distribuidoras é de R$ 2,08 por litro. O preço médio de diesel, por sua vez, subiu 4,4% e passou a ser de R$ 2,12 por litro.
A estatal ressalta que aos preços da gasolina e do diesel vendidos na bomba dos postos revendedores são acrescidos tributos federais e estaduais, custos para aquisição e mistura obrigatória de biocombustíveis pelas distribuidoras, além das margens brutas das companhias distribuidoras e dos próprios postos revendedores de combustíveis.
Foi o segundo reajuste do ano da gasolina. Desde 19 de janeiro, o preço médio do litro já estava 7,6% mais caro (R$ 0,15 por litro, em média) na refinarias da Petrobras. No acumulado do ano passado, houve redução de 4,1% no preço do combustível. Segundo a estatal, em 2020 foram feitos 41 reajustes ma gasolina.
Foram 20 aumentos e 21 reduções no valor do litro. Para o óleo diesel, o preço para as distribuidoras aumentou R$ 0,08 no final de dezembro, chegando a R$ 2,02 por litro. O combustível acumulou queda de 13,2 % no ano passado, em um total de 32 reajustes, com 17 aumentos e 15 reduções no valor.
O preço do álcool hidratado subiu pela sexta semana seguida nas unidades produtoras do estado e está acima de R$ 2,10 nas usinas paulistas. Os dados foram divulgados na última sexta-feira (29), pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP).
O litro do produto saltou de R$ 2,1081 para R$ 2,1272, aumento de 0,91%. Acumula elevação de 19,2% em cerca de quatro meses e meio, segundo os dados semanais do Cepea. O preço do anidro – adicionado à gasolina em até 27% – voltou a fechar acima de R$ 2,40. Subiu de R$ 2,4302 para R$ 2,4356, alta de 0,22%. O aumento acumulado em 135 dias é de 16,28%.