O litro do etanol vendido em Ribeirão Preto sofreu novo reajuste em alguns postos bandeirados e bateu em R$ 3,20 (no cartaz está R$ 3,199) nesta quarta-feira, 4 de dezembro. O valor só não supera os R$ 4 (ou R$ 3,999) cobrados do consumidor em maio do ano passado, durante a greve dos caminhoneiros. Em comparação com a média praticada até o final de semana, de R$ 2,90 (no painel aparece R$ 2,899), a alta chega a 10,3%, acréscimo de R$ 0,30. A gasolina também está mais cara nas bombas.
O álcool vem sofrendo reajustes diários em Ribeirão Preto. Na segunda-feira (2), saltou para R$ 3 (ou R$ 2,999), e na terça-feira (3) já era vendido a R$ 3,10 (ou R$ 3,099) em grande parte dos postos franqueados da cidade. E a tendência de mais aumento por causa da entressafra da cana-de-açúcar, dos constantes reajustes nas usinas paulistas e no preço da gasolina e a explosão de consumo. A média na cidade passou a ser de R$ 3,10 nesta semana.
No início desta semana, nos postos sem-bandeira, o preço do etanol passou de R$ 2,70 (nas bombas, R$ 2,697) para R$ 2,80 (ou R$ 2,799), alta de 3,7% – há revendedores que negociam o litro do produto por R$ 2,75 (ou R$ 2,749). Segundo o mais recente levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), realizado entre os dias 24 e 30 de novembro, em 108 cidades paulistas, o preço médio do álcool em Ribeirão Preto é de R$ 2,761, queda de 0,18% em relação ao praticado até dia 23, de R$ 2,766, desconto de R$ 0,005.
A gasolina também subiu. Em relação ao final de semana, quando o litro custava R$ 4,40 (ou R$ 4,397) em média, o reajuste nos bandeirados chega a 6,8%, passando para R$ 4,70 (no cartaz está R$ 4,699), aporte de R$ 0,30. Porém, a média nos postos franqueados é de R$ 4,50 (R$ 4,499). Nos independentes, o valor médio passou de R$ 4,25 (R$ 4,249) para R$ 4,35 (R$ 4,349), aumento de 2,3%, mas ainda há locais que praticam preços menores, de R$ 4,10 (ou R$ 4,099) e R$ 4,20 (R$ 4,199). O consumidor deve pesquisar – há desconto para quem pagar em dinheiro.
Nas bombas de Ribeirão Preto, o diesel varia entre R$ 3,39 (R$ 3,389) e R$ 3,50 (R$ 3,499) nos revendedores de bandeira branca e entre R$ 3,70 (R$ 3,699), R$ 3,77 (R$ 3,769) e R$ 3,80 (R$ 3,799) nos de rede. Segundo o último levantamento da ANP, o litro da gasolina na cidade custa em média R$ 4,198, queda de 1,3% em comparação com os R$ 4,255 cobrados anteriormente, abatimento de R$ 0,057. O litro do diesel também ficou mais barato, segundo a agência, recuando de R$ 3,630 para R$ 3,575, baixa de 1,5%.
O preço do etanol registrou a 11ª alta seguida nas usinas paulistas desde meados de setembro, segundo dados divulgados na sexta-feira, 29 de novembro, pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) – vinculada à Universidade de São Paulo (USP). O último levantamento mostra que o litro do hidratado aumentou 2,87% na semana passada, de R$ 1,9064 para R$ 1,9611.
O produto acumula elevação de 14,77% em pouco mais de dois meses. A tendência é a mesma em relação ao preço do anidro – adicionado à gasolina em até 27% –, com elevação de 2,43%, de R$ 2,0960 para R$ 2,1470. Em aproximadamente 60 dias, a correção chega a 15,33%. Os reajustes provocaram um efeito cascata, chegando ao consumidor com a renovação dos estoques nos postos.
No caso da gasolina, a explicação vem dos recentes aumentos praticados pela Petrobras nas refinarias – no dia 27 de novembro a estatal anunciou correção de 4% por causa do avanço do dólar. No último dia 19, havia anunciado alta de 2,77% – acumula elevação de 12,77% nas unidades produtoras desde meados de setembro, quando subiu 3,5% e 2,5% em datas diferentes. Antes do aumento de 2% desta quarta-feira, a última correção no valor do diesel também ocorreu no dia 19, quando subiu 1,18% (ou R$ 0,026) nas refinarias, chegando a R$ 2,229.
Considerando os valores médios da agência, de R$ 2,761 para o álcool e R$ 4,198 para a gasolina, ainda é mais vantajoso abastecer com etanol, já que a paridade está em 65,7% – deixa de ser vantagem encher o tanque com o derivado da cana-de-açúcar a relação chega a 70%. Com base nas médias dos postos bandeirados (R$ 3 para o etanol e R$ 4,50 para a gasolina) e sem-bandeira da cidade (R$ 2,80 para o álcool e R$ 4,35 para o derivado de petróleo), a paridade está entre 66,6% e 64,3%, respectivamente.