Depois da alta nos preços do etanol e da gasolina, os donos de postos de combustíveis em Ribeirão Preto reajustaram o valor do litro do óleo diesel nesta sexta-feira, 31 de agosto. Nos bandeirados, o aumento médio foi de 4%, passando de R$ 3,44 (R$ 3,437) para R$ 3,58 (R$ 3,579), acréscimo de R$ 0,14. Nos sem-bandeira disparou 9,34%, de R$ 3,21 (R$ 3,209) para R$ 3,51 (R$ 3,509), aporte de R$ 0,30.
Segundo o estudo semanal da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), realizado entre os dias 26 de agosto e 1º de setembro, o valor médio na cidade é de R$ 3,271 (mínimo de R$ 3,137 e máximo de R$ 3,399). A Petrobras informou nesta sexta-feira que, após a ANP ter elevado o preço de referência para comercialização do diesel na noite de quinta-feira (30), preço do produto vendido nas refinarias da companhia, que representam 98% do mercado total, também seria ajustado para cima e passaria a custar em média R$ 2,2964 por litro, aumento de 13% em relação ao preço anterior.
Segundo a Petrobras, o valor reflete a média aritmética dos preços do diesel rodoviário, sem tributos, praticados pela estatal em suas refinarias e terminais no território brasileiro. A empresa observou que os novos preços se referem ao segundo período da terceira fase do programa de subvenção, que prevê o ajuste de acordo com a região onde o produto é vendido.
“Este novo período do programa prevê o ajuste nos preços médios regionais e mantém a condição de pagamento da subvenção à comprovação de que os preços praticados pelas empresas habilitadas sejam inferiores aos preços de comercialização definidos pela ANP para as cinco regiões (Sul, Sudeste, Centro -Oeste, Norte sem Tocantins e Nordeste com Tocantins)”, informou a Petrobras em nota na manhã de ontem.
No final da noite de quinta a ANP divulgou a tabela com os novos preços do diesel, que subiram impulsionados pela alta do dólar e pelo preço internacional do combustível. O diesel antes da greve dos caminhoneiros custava R$ 2,3716. Os novos preços registram altas de até 14,4%, sendo o mais alto o comercializado na região Centro-Oeste, de R$ 2,4094/ litro. Os preços na região Sudeste subiram 10,5%, para R$ 2,3277. Na região Nordeste o preço subiu para R$ 2,2592, alta de 12,5%; na região Sul, foi para R$ 2,3143, alta de 13,1%; e na região Norte avançou para R$ 2,228/litro, alta de 13,2%.
Segundo a ANP, os novos preços são resultantes da subtração de R$ 0,30/litro dos preços de referência, como determinado pelo programa de subvenção de acordo com Medida Provisória Nº 838/2018. A Petrobras também anunciou reajuste de 1,54% no preço médio do litro da gasolina sem tributo nas refinarias a partir deste sábado (1º), para R$ 2,1704, ante o atual de R$ 2,1375. Com isso, a estatal atinge nova máxima histórica da era de reajustes diários, iniciada em 3 de julho do ano passado. A alta acumulada nos últimos 30 dias chega a 10,3%.
A recente escalada de preços, que já supera valores atingidos durante a greve dos caminhoneiros, teve início no último dia 23, quando a gasolina voltou a ser negociada acima de R$ 2. Como anunciado pela estatal mais cedo, o preço do diesel, que seguia congelado desde 1º de junho, foi ajustado em 13%, passando de R$ 2,0316 para R$ 2,2964. O valor será mantido até 29 de setembro.