Tribuna Ribeirão
Economia

Preço do botijão de gás recua 5,5%

ALFREDO RISK

A partir deste sábado, 9 de abril, o preço do gás liquefeito de petróleo (GLP) fica 5,5% mais barato, em média, nas re­finarias da Petrobras. O preço do quilo do GLP passa a ser de R$ 4,23, informa a estatal. Em 11 de março, a Petrobras ha­via elevado o combustível em 16%, acompanhando a alta do preço do petróleo.

“Acompanhando a evolu­ção dos preços internacionais e da taxa de câmbio, que se estabilizaram em patamar in­ferior para o GLP, e coerente com a sua política de preços, a Petrobras reduzirá seus preços de venda às distribui­doras”, diz a empresa. A ga­solina e o diesel permanecem com os preços inalterados, segundo a Petrobras.

Com a queda, o botijão do gás de cozinha, de 13 quilos, passa a ser de R$ 54,94 em mé­dia, refletindo redução de R$ 3,27 por 13 quilos, de acordo com a própria estatal. “A Pe­trobras reitera seu compro­misso com a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado, ao mesmo tempo em que evita o repasse imediato para os preços inter­nos, das volatilidades externas e da taxa de câmbio causadas por eventos conjunturais”, in­formou a companhia.

Depois do aumento de 16% no preço do botijão de 13 qui­los do gás de cozinha, o gás liquefeito de petróleo passou a registrar reajustes pontuais em Ribeirão Preto, mas na semana passada o valor médio cobrado na cidade bateu recorde.

O levantamento semanal da Agência Nacional do Pe­tróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), realizado entre 27 de março e 2 de abril, jamais ha­via constatado um valor tão elevado desde o início da série histórica. O botijão de 13 qui­los do gás de cozinha (GLP- 13) vendido em Ribeirão Preto custava, em média, R$ 116,28 (mínimo de R$ 106 e máximo de R$ 125).

No mais recente levanta­mento, realizado entre 3 e 9 de abril, o preço do botijão permanece estável, com leve queda de 0,1%. Caiu para R$ 116,14 (piso de R$ 106 e teto de R$ 125), desconto de R$ 0,14. A pesquisa aponta que há locais na cidade onde o produ­to custa R$ 125, mas esse valor pode chegar a R$ 130 com a taxa de entrega em domicílio.

Para compra na revende­dora, já está entre R$ 112 e R$ 120, dependendo da re­gião da cidade, apesar de a ANP indicar piso de R$ 106. As 24 distribuidoras de gás de Ribeirão Preto vendem, em média, 3.300 unidades por dia para os comerciantes.

O gás de Ribeirão Pre­to está 10,6% abaixo dos R$ 129,88 cobrados em Itapeva (mínimo de R$ 127 e máximo de R$ 135,50), o produto mais caro do estado. São R$ 13,74 de diferença. Em comparação com o de Cosmópolis – R$ 98,99 (piso de R$ 94,99 e teto de R$ 99,99), o mais barato das cidades paulistas e o único abaixo de R$ 100 –, o ribeirão­-pretano custa R$ 17,15 a mais, variação de 17,3%.

Nos últimos doze meses, até março deste ano, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasi­leiro de Geografia e Estatística (IBGE), o preço do gás avan­çou 29,65% no país. No mês passado houve aumento de 6,55%. No trimestre, a inflação é de 5,68%. O acumulado em 2021 ficou em 36,99%.

Até o reajuste da Petrobras chegar ao consumidor, são acrescidos tributos federais e estaduais, custos para aquisi­ção e mistura obrigatória de biocombustíveis pelas distri­buidoras, no caso da gasolina e do diesel. Também considera os custos e margens das com­panhias distribuidoras e dos revendedores de combustíveis.

A estatal destaca ainda que 43% do preço ao consumidor final correspondem atualmen­te à parcela da Petrobras e os demais 57% traduzem as par­celas adicionadas ao longo da cadeia até clientes finais como tributos e margens brutas de distribuição e revenda.

Após o anúncio da queda de 5,5% no preço do GLP pela Petrobras, a Associação Brasi­leira de Gás Canalizado (Abe­gás) divulgou nota na qual apela para que a empresa dê o mesmo tratamento ao gás na­tural, que vem tendo reajustes elevados nos últimos meses.

“O anúncio feito nesta sex­ta-feira pela Petrobras é um in­dicador da capacidade da em­presa de ofertar combustível a preços mais competitivos”, dis­se a Abegás em nota. Segundo o IPCA, o gás encanado subiu 1,62% em março e acumula altas de 5,88% no trimestre de 31,36% em doze meses.

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