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Política

Prazo para entrega de título pode ser ampliado

Fachada da Câmara Municipal de Ribeirão Preto - Foto Alfredo Risk

A Câmara de Vereadores deve votar, na sessão des­ta terça-feira, 10 de agosto, projeto de resolução da Mesa Diretora que aumenta o pra­zo limite para a entrega de títulos de cidadania depois de aprovados no Legislativo de Ribeirão Preto. O tempo máximo passaria de dois para quatro anos.

A proposta altera a reda­ção do artigo 7º da resolução nº 153, de 25 de fevereiro de 2011, e inclui parágrafo úni­co no mesmo dispositivo. A ideia é adequar a entrega de títulos concedidos pelos ve­readores ao mesmo período da legislatura – a atual teve início em 1º de janeiro deste ano e vai até 31 de dezembro de 2024 – a que pertencem.

Se a proposta for aprovada, os novos dispositivos passa­rão a vigorar com a seguinte redação. “Os títulos honorí­ficos não entregues no prazo de quatro anos, a contar da data de publicação do Decre­to Legislativo, perderão sua eficácia, ressalvados os casos devidamente justificados”.

Atualmente, uma norma da Câmara de Vereadores de Ribeirão Preto prevê que caso o título não seja entregue em um período de dois anos, a homenagem será cancelada. O prazo pode ser prorrogado se houver uma justificativa plausível para isso. Pesquisa do Tribuna no portal da Câ­mara revela que, desde 1º de janeiro de 2017, foram apre­sentados 98 projetos de títu­los de cidadania, sendo que 80 foram aprovados (81,6%).

Dentre os aprovados, 50 foram entregues (62,5%). Desde o começo da pande­mia do coronavírus, em mar­ço do ano passado, as sessões para entrega da honraria fo­ram suspensas. Com o fim da quarentena estabelecida pelo Plano São Paulo, a partir do dia 17 de agosto, as soleni­dades deverão ser retomadas.

Em março de 2017, o então vereador Otoniel Lima (Repu­blicanos, PRB) tentou aprovar um decreto legislativo can­celando o título de cidadania concedido a ex-prefeita Dárcy Vera e aos ex-vereadores Cí­cero Gomes da Silva, Geni­valdo Gomes, Saulo Rodri­gues e Walter Gomes.

A proposta tinha como justificativa o fato de todos terem sido acusados e con­denados pelo juiz da 4ª Vara Criminal de Ribeirão Preto, Lúcio Alberto Eneas da Silva Ferreira, no âmbito das ações penais da Operação Sevandi­ja – todos negam, a prática de atos ilícitos.

O Título de Darcy Vera havia sido aprovado em 2007, quando ela ainda era verea­dora. Já o de Cícero Gomes passou em, 2005, o de Geni­valdo Gomes em 2000, o de Saulo Rodrigues em 2009 e o de Walter Gomes, em 2006. A ex-prefeita e os ex-vere­adores Saulo Rodrigues e Genivaldo Gomes não che­garam a receber seus títulos, que perderam a validade.

Na época da apresenta­ção da proposta, a Comissão de Títulos e Honrarias da Câmara emitiu parecer con­trário ao decreto de Otoniel Lima (PRB). De acordo com o parecer, como nenhum dos acusados tinha sido conde­nado até aquela data, não ca­beria ao Legislativo fazer ju­ízo de valor sobre o assunto.

Em 29 de novembro de 2019, Otoniel Lima perdeu o mandato parlamentar e teve seus direitos políticos cassa­dos em condenação transi­tada e julgada em uma ação referente ao período em que foi vereador na cidade de Limeira, entre 2005 e 2008. Ele foi condenado acusado de nomear uma “funcionária fantasma” para sua assessoria no Legislativo limeirense.

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