A construção de uma estação de tratamento de esgoto, em Pradópolis, região de Ribeirão Preto, teve início na semana passada. O investimento total será de R$ 12,6 milhões e terá metade dos recursos, R$ 6,3 milhões pagos pela Usina São Martinho, instalada no município. A outra parte será custeada pelo Governo do Estado por meio do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), autarquia responsável pelo gerenciamento dos recursos hídricos do Estado de São Paulo. A área de 5 alqueires, onde a estação está sendo construída, pela usina.
Pradópolis já possuía uma estação de tratamento de esgoto inaugurada em 1988, quando o município tinha cerca de seis mil habitantes. Mas com o passar dos anos e o crescimento populacional ela ficou sobrecarregada e, apesar de realizar o tratamento do esgoto de toda a cidade, constantemente apresenta problemas operacionais.
De acordo com o prefeito Silvio Martins (PSDB), popularmente conhecido como Silvio Buchera, a nova estação é fundamental por exigências ambientais, para garantir à cidade, por pelo menos mais quarenta anos, condições de desenvolvimento sustentável em relação ao tratamento do esgoto.
Desde sua eleição em 2017, Martins, que está em seu segundo mandato como prefeito, diz ter trabalhado para viabilizar a nova estação. “Se eu fosse colocar no papel todo trabalho que tivemos para viabilizar a obra daria para escrever um livro”, afirma. A Estação tem previsão de conclusão de doze meses, ou seja, setembro de 2022.
De acordo com o projeto, o esgoto produzido será levado até uma lagoa de contenção pelo sistema de gravidade, de onde será levado por sucção para a nova estação. O prefeito afirma que a obra é resultado do esforço conjunto do poder publico, da iniciativa privada e de muito trabalho.
Na região de Ribeirão Preto vinte e duas cidades sob a responsabilidade da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) de Ribeirão Preto, possuem estações de tratamento de esgoto. O órgão é responsável pelo controle, fiscalização, monitoramento e licenciamento de atividades geradoras de sujeira com a preocupação fundamental de preservar e recuperar a qualidade das águas, do ar e do solo.
Cidades com estação de tratamento de esgoto na região
Altinópolis
Cássia dos Coqueiros
Cajuru
Cravinhos – em ampliação
Cruz das Posses
Jardinópolis – obras de ampliação paralisadas
Ipuã
Morro Agudo
Nuporanga
Santo Antonio da Alegria
Santa Cruz da Esperança Serrana Sales de Oliveira
São Simão – em licenciamento
Ribeirão Preto
Santa Rosa do Viterbo
Santa Rita do Passa Quatro
São Joaquim da Barra
Sertãozinho
Orlândia
Porto Ferreira
Pontal
Fonte: Cetesb de Ribeirão Preto (cidades onde ela atua)
Municípios se unem para tratar resíduos sólidos
Vinte municípios da região de Ribeirão Preto se uniram para a implantação de um projeto que pretende realizar o reaproveitamento e a destinação conjunta dos resíduos sólidos produzidos por suas respectivas populações.
No final de maio, a Prefeitura de Ribeirão Preto, o Consórcio de Municípios da Mogiana (CMM), a Secretaria Especial do Programa de Parcerias de Investimentos do Ministério da Economia (SPPI), o Ministério do Desenvolvimento Regional e a Caixa Econômica Federal assinaram o Contrato de Estruturação da Concessão de Serviços de Manejo de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) com o Fundo Federal de apoio à Estruturação de Parcerias Público-Privadas (FEP).
A medida possibilitará a contratação de serviços técnicos especializados para a estruturação do projeto e contempla os seguintes municípios. Barrinha, Cravinhos, Dumont, Guará, Ipuã, Jaboticabal, Jardinópolis, Luís Antônio, Morro Agudo, Pitangueiras, Pradópolis, Ribeirão Preto, Rincão, Santa Lúcia, São Joaquim da Barra, São Simão, Serra Azul, Serrana, Sertãozinho e Taquaritinga. Com investimentos de R$ 8.881.047 o projeto beneficiará cerca de 1,4 milhão de pessoas quando da sua implantação.
Atualmente o projeto está na fase de contratação dos técnicos especializados para dar início aos estudos. Este estudo irá indicar a área mais viável para a instalação de uma planta de tratamento de resíduos que atenderá os 20 municípios contemplados no projeto.
Caberá ao estudo a formatação da modelagem a ser usada, por exemplo, geração de energia, gás e compostagem.
Durante o estudo serão apontadas as alternativas mais viáveis para o tratamento dos resíduos destes municípios, com o reaproveitamento máximo para que sejam destinados aos aterros somente o que não puder ser reaproveitado.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) define como resíduo sólido todo material, substância, objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade. O descarte desse resíduo não significa que ele não tem mais valor, mas sim que não é mais necessário para quem o descartou.
Os recursos serão utilizados para criar um projeto executivo sobre como fazer a destinação destes resíduos. Serão custeados todos os estudos técnicos que culminará em um projeto pronto para ser licitado com um Plano Regional de Resíduos Sólidos. A previsão é que do inicio dos estudos até a fase de efetivação da licitação para a Parceria Público Privada (PPP) demande aproximadamente um ano e meio de trabalho.