Até sexta-feira, 24 de janeiro, as salas de vacinação de todas as unidades de saúde de Ribeirão Preto atenderão até as 20 horas para que a população tome a vacina contra a febre amarela, segundo o secretário da Saúde, Maurício Godinho.
Até dia 15, três mil pessoas haviam sido imunizadas contra a febre amarela em Ribeirão Preto. A vacinação foi intensificada devido à constatação do vírus da doença em macacos saguis e bugios encontrados mortos em quatro diferentes bairros da cidades.
A maioria das pessoas avaliadas pela Secretaria Municipal da Saúde foram vacinadas. Porém, do total de vacinas aplicadas, ainda não foi divulgado quantas crianças e adultos receberam o imunizante. A pasta conta com 120 mil doses do imunizante para aplicação. Com base neste total, apenas 2,5% foram utilizadas.
No dia 13 de janeiro, o governo municipal recebeu a confirmação do Instituto Adolfo Lutz (IAL) de que mais três macacos saguis encontrados mortos nos últimos dias nos bairros Ipiranga (Zona Norte), Ribeirão Verde (Leste) e Parque das Andorinhas (Oeste), testaram positivo para a doença.
No final de dezembro, quatro macacos bugio com o vírus da doença foram encontrados mortos na mata do campus da Universidade de São Paulo (USP). Este ano, o Instituto Adolfo Lutz já confirmou nove casos da doença em macacos, sendo sete na região de Ribeirão Preto, um em Pinhalzinho e outro, em Socorro.
Segundo a Secretaria de Saúde, as pessoas que procurarem os postos, mesmo que já tenham sido imunizadas antes de 2017, poderão ser vacinadas novamente. No entanto, a atenção da pasta estará voltada principalmente às pessoas que nunca tomaram a dose da vacina e às crianças até quatro anos de idade que não completaram o esquema vacinal de duas doses.
Onze postos também vão abrir no próximo sábado (25), das oito horas às 16h30, para imunização contra a febre amarela. A Secretaria Municipal da Saúde implementou medidas desde a primeira notificação acerca da morte de macacos da espécie bugio, ocorrida no campus da USP, no final do ano passado. Uma busca ativa por moradores das imediações do campus e crianças do município que não completaram o ciclo vacinal têm sido feita, além de orientações à população.
Entre as onze unidades de saúde que atenderão aos sábados estão a UBS do Ribeirão do Verde, Adelino Simioni, UBDS do Castelo Branco, UBS de Bonfim Paulista, UBS da Vila Virgínia, do Parque Ribeirão Preto, UBS do José Sampaio, do Dom Miele, CSE do Sumarezinho e CSE do Ipiranga.
A relação de todas as unidades de saúde da cidade que atenderão esta semana até as 20 horas e o endereço de todos os postos – inclusive aqueles que atenderão aos sábados – estão no site oficial do município de Ribeirão Preto (www.ribeiraopreto.sp.gov.br
Caso em ser humano – A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP) registrou na sexta-feira, dia 17, um novo caso humano de febre amarela, o segundo confirmado este ano em território paulista. O paciente é um jovem de 21 anos, morador de Santo André, que viajou recentemente para Joanópolis, na região de Campinas. A pasta não informou o estado de saúde do rapaz.
No dia 13, a secretaria reportou o primeiro caso de 2025. Na ocasião, a SES informou que o paciente era um homem de 27 anos, morador da capital paulista, com passagem por uma área rural no município de Socorro, também na região de Campinas. Nos dois casos os homens não tomaram a vacina, principal medida de proteção contra complicações da doença.
Até então, os últimos casos no estado haviam sido registrados no primeiro semestre de 2024. Em março, um homem de 50 anos que morava em Águas de Lindóia e costumava se deslocar pela região de Monte Sião, em Minas Gerais, morreu em decorrência da doença. Um rapaz de 28 anos foi diagnosticado em Serra Negra. Ele se recuperou completamente.
Desde abril de 2017, o Brasil adota o esquema vacinal de apenas uma dose durante toda a vida, medida que está de acordo com as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS). No ciclo silvestre, os primatas não humanos (PNHs) são considerados os principais hospedeiros, amplificadores do vírus, e são vítimas da doença assim como o ser humano, que, nesse ciclo, apresenta-se como hospedeiro acidental.