Tribuna Ribeirão
Cultura

Portinari é tema de contação de história

O Museu Casa de Portina­ri promove atividades virtu­ais que valorizam o conheci­mento cultural para crianças e adultos. Nesta sexta-feira, 14 de maio, o Acervo em Segundos mostra detalhes e curiosidades do museu e de sua coletânea. Tem atividade para toda a criançada.

No domingo (16), o espa­ço apresenta contação de his­tória sobre uma obra de Can­dido Portinari (1903-1962), produzida entre 1936 e 1944. Divirta-se e conheça detalhes sobre os murais “Ciclos Eco­nômicos”. Será às dez horas da manhã.

O museu está aberto para visitação presencial de terça­-feira a domingo, das onze às 16 horas. A medida acontece pela permanência do Estado à fase de transição do Plano São Paulo, que possibilita o retorno seguro e gradativo das atividades presenciais, com 30% da capacidade de ocupação.

O museu segue todos os protocolos de segurança sa­nitária para seus funcioná­rios e visitantes. Como forma de continuar a disseminar a cultura, as ações educativas da instituição e também o tour virtual permanecem de forma online pelas redes so­ciais e site (@museucasade­portinari e www.museucasa­deportinari.org.br).

Nesta quinta-feira (13), o museu recebeu a visita do go­vernador João Doria (PSDB). Antiga residência de Candi­do Portinari, em Brodowski, o Museu Casa de Portinari completou 51 anos de histó­ria em 14 de março. A Cape­la da Nonna completou 80 anos, uma homenagem ao lu­gar preferido da avó paterna de Portinari, Pelegrina.

O museu fica na praça Candido Portinari nº 298, no Centro de Brodowski. In­formações pelo telefone (16) 3664-4284. Devido às várias obras em pintura mural nas paredes da casa e em uma capela nos jardins da residên­cia, a preservação do conjun­to tornou-se imprescindível.

O primeiro passo ocorreu em 9 de dezembro de 1968, quando a casa foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacio­nal (Iphan). No ano seguinte, o imóvel foi desapropriado e adquirido pelo governo de São Paulo e, em 22 de janei­ro de 1970, foi tombado pelo Conselho de Defesa do Patri­mônio Histórico, Arqueoló­gico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Con­dephaat).

Com esforços da família do artista, do município e do Estado, o museu foi instalado e inaugurado em 14 de março de 1970. O complexo é cons­tituído por uma casa prin­cipal, e anexos construídos em sucessivas ampliações. A simplicidade típica do inte­rior é a maior característica do museu.

O acervo artístico do Mu­seu Casa de Portinari consti­tui-se, principalmente, de tra­balhos realizados pelo artista em pintura mural, nas técni­cas de afresco e têmpera, nas paredes da casa. A temática é predominantemente sacra, exceto as primeiras experiên­cias do artista neste gênero.

O acervo também con­templa uma coleção de dese­nhos, linguagem expressiva e significativa na produção de Candido Portinari, presente em todos os momentos de sua carreira. O museu ainda abriga objetos de uso pesso­al, mobiliário e utensílios da família, sendo que alguns cômodos permanecem com suas funções originais e ou­tros foram adaptados para salas de exposições.

O artista morreu em 6 de fevereiro de 1962, aos 58 anos, vítima de intoxicação pelas tintas que utilizava. Criou desde pequenos esbo­ços até grandes obras, murais e painéis. Foi o pintor brasi­leiro que conseguiu maior projeção internacional de­vido ao seu talento artísti­co e sua atuação no cenário cultural e político do Brasil. Sua obra mais famosa são os painéis “Guerra e Paz”, insta­lados na sede da Organização das Nações Unidas, em Nova York (EUA).

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