No sábado passado, dia 15, participei da abertura dos Seminários em Sustentabilidade na Indústria da Construção, evento promovido pela Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto (AEAARP), com apoio do CREA-SP. A discussão do tema, que se estenderá até julho, é de extrema importância e oportuna em qualquer época, por buscar melhorar a qualidade de vida por meio de melhores práticas em um setor industrial de grande importância econômica e social. E muitas vezes pouco debatido, principalmente quando se fala de sustentabilidade, uma palavra que está, felizmente, em moda, como já esteve em outras épocas e não perderá a sua relevância.
E o debate é sempre bom como um alerta, para que nos leve a refletir sobre a grande força que tem essa palavra capaz de sensibilizar todas as pessoas, indistintamente. Temos que estabelecer critérios de produção, em todas as áreas, mas principalmente no setor de construção civil, que é um segmento de nossa atividade humana, econômica e social, que gera muito resíduo. A média anual por habitante chega a 800 quilos. Então estamos falando de algo que chega a ser o dobro do que as pessoas geram de lixo doméstico por dia.
Assim, quanto mais tecnologia colocarmos na produção dos nossos insumos, para reduzir perdas e excessos, diminuir desperdícios em obras e criar sistemas de atividades tanto de reuso de nossos recursos, quanto aplicação e destinação, no reprocessamento, mais teremos sucesso nas atividades para tornar melhor a vida das pessoas, com sustentabilidade e responsabilidade na utilização de recursos naturais e proteção ao meio ambiente.
Temos feito a nossa parte em nossa administração. Buscamos sempre reduzir os impactos ao meio ambiente e, ao mesmo tempo, melhorar a eficiência das nossas atividades. Essa é a nossa tarefa. As boas práticas fazem parte de algo que é inexorável. Não estamos falando em escolher ou não escolher. Tem que ser assim, para que a gente possa, de fato ter a responsabilidade ambiental adequada, com um planeta que cada vez mais tem demandado cuidados em relação à proteção ambiental.
Felizmente para nós, o Brasil tem que se orgulhar muito da preservação de seus recursos naturais, das suas leis que fixam regras de preservação, conservação e produção sustentável porque, apesar de todos os pesares, de interesses conflitantes, nós conseguimos com amplo debate da sociedade, produzirmos leis adequadas e revisarmos pontos importantes, como o próprio Código Florestal, dentro de um conceito de sustentabilidade, visando a produção de emprego e renda sem comprometer os nossos recursos naturais.
E é assim que tem que ser. Precisamos ter a preocupação com a sustentabilidade constantemente em nosso foco. Desta forma temos condições de comprovar que o desenvolvimento, a geração de crescimento e riqueza é totalmente compatível com um mundo saudável e sustentável. E que podemos produzir sem comprometer gerações futuras. Ao contrário, podemos edificar com eficiência e melhorar a vida das pessoas na cidade, como estamos fazendo ao implantar obras que transformam a mobilidade urbana, para oferecer mais qualidade de vida.
A qualidade de vida que também está na busca da universalização do saneamento básico, que estamos prestes a atingir, com investimentos adequados. Ribeirão Preto será certamente a única de seu tamanho e importância a universalizar o abastecimento de água, a coleta, afastamento e tratamento de esgoto e a coleta e destinação adequada dos resíduos sólidos. A cidade está nos trilhos da sustentabilidade. O debate de ideias, as discussões do tema, no entanto, devem continuar presentes, para que o foco seja mantido.