André Ali Mere, Guilherme Feitosa, Eduardo Passalaqua, Dorival Balbino, Eduardo Marchesi Amorim e Caetano Biagi
No próximo mês de julho o Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) terá eleições para renovação de sua diretoria no Estado de São Paulo.
Diferentemente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), onde a escolha dos seus dirigentes se dá pelo voto de cerca 130 sindicatos patronais e que o voto de uma entidade com 5 associados vale o mesmo que uma que tenha 1.000 associados, as eleições no Ciesp são decididas pelo voto de mais de 6 mil empresas associadas.
Os empresários que subscrevem este artigo defendem uma nova orientação para o destino de uma das entidades mais importantes da representação empresarial do país.
Alguns princípios norteiam a Chapa 1, liderada por José Ricardo Roriz Coelho, um industrial que conhece como poucos o tema da competitividade da indústria.
O Ciesp não pode tolerar que interesses pessoais se sobreponham aos interesses coletivos e muito menos instrumentalizar a entidade para projetos partidários.
Há praticamente 20 anos não há alternância de poder na Fiesp e no Ciesp, pois os estatutos foram alterados para este intento. É um compromisso da Chapa 1 não alterar estatutos com intuito continuísta.
Precisamos, de forma transparente, fortalecer as discussões dos interesses das empresas, sejam elas micro, pequenas, médias ou grandes. O Ciesp deve catalisar o diálogo construtivo com todas as esferas de governo, seja municipal, estadual ou federal.
Fundado em 1928, o Ciesp nasceu da necessidade de trazer o tema da industrialização no país, exercendo um papel central para a promoção do desenvolvimento com vistas à consolidação de um pensamento industrial brasileiro.
Não podemos nos resignar a um modelo econômico que desidratou a indústria nos últimos 40 anos. Um país que conta com mais de 200 milhões de pessoas não pode prescindir de uma indústria forte, inovadora e pujante.
O tema do desemprego e do subemprego tem várias causas, mas certamente a falta de escolaridade e qualificação profissional são determinantes.
Não dá mais para olhar pelo retrovisor e lamuriar. Precisamos andar para frente e buscar alternativas para um rápido adensamento tecnológico de nossas cadeias produtivas. Por sinal, essas cadeias estão absolutamente interligadas no mundo globalizado e devemos operar de forma inteligente para que o Brasil participe ativamente deste jogo, onde os países centrais e alguns emergentes bem posicionados disputam a hegemonia do poder geopolítico.
São essas as razões que nos levam a nos posicionar por um novo Ciesp, apoiando José Ricardo Roriz Coelho para presidente!