Duarte Nogueira (PSDB) e Suely Vilela (PSB) disputam o segundo turno das eleições em Ribeirão Preto, em 29 de novembro. No primeiro turno Nogueira recebeu 115.724 votos (45,3%). Já Suely Vilela obteve 52.266 (20,72%). Para oferecer ao leitor a oportunidade de conhecer um pouco mais dos dois candidatos nesta reta final, o Tribuna pediu para que eles explicassem porque merecem o voto dos eleitores ribeirão-pretanos. Os dois tiveram espaços iguais para a resposta. Confira:
“Fizemos um grande trabalho de recuperação administrativa, financeira. Chegamos agora, no final deste quarto ano, mesmo enfrentando uma pandemia terrível, de uma maneira muito melhor que começamos no ano de 2017.
Vamos continuar uma campanha propositiva, como fizemos no primeiro turno, limpa, com propostas, falando a verdade e sem promessas que não possam ser cumpridas e sem iludir a boa fé dos nossos cidadãos.
A decisão em disputar as eleições para prefeito de Ribeirão Preto veio após a reflexão sob o aspecto de que a cidade não pode retroceder e voltar às mãos de pessoas que tão mal a fizeram. Não podemos permitir que tudo que foi conquistado nos últimos quatro anos seja perdido.
Os 46% dos votos que recebemos dos eleitores de Ribeirão Preto revelam o reconhecimento ao nosso governo, consagradamente aprovado pela população. É um sinal claro de que a cidade concorda com os argumentos do nosso propósito de ser candidato.
Agora, vamos reforçar o diálogo com a população e continuar a trabalhar para que Ribeirão Preto seja cada vez mais uma das melhores cidades do Brasil sob o ponto de vista da Saúde, Educação, Mobilidade Urbana, Segurança, Sustentabilidade, Empregabilidade.
Não podemos deixar Ribeirão retroceder. Vamos fazer esta cidade uma vitrine de trabalho, união, responsabilidade e carinho àqueles que mais precisam. Ribeirão não pode parar”.
“Porque represento a mudança e porque somente o 40 será capaz de tirar o 45. Nossa população já entendeu que Ribeirão Preto precisa de muito mais do que obras eleitoreiras. Ribeirão precisa de um choque de gestão para conseguir sair da situação atual, uma dívida fundada, ou seja, de longo prazo, de quase R$ 600 milhões de reais, segundo a projeção da LOA (Lei Orçamentária Anual) 2021 e um rombo do IPM (Instituto de Previdência dos Municipiários) de R$ 270 milhões. Faltam médicos, creches, professores e empregos.
Por meio de uma administração voltada para a melhoria da gestão das finanças, otimizando recursos e modernizando a gestão, é possível economizar e fazer mais, começando pela máquina pública. O eleitor pode ver até aqui, em nossa campanha eleitoral, que promovendo o desenvolvimento econômico é possível gerar emprego e renda e devolver a autonomia das pessoas e fazer toda a economia da cidade se movimentar. Essa é a verdadeira transformação que precisa ocorrer. Nossa cidade precisa de alguém com uma visão mais humana, que realmente olhe para a nossa população e que, inclusive, faça o melhor planejamento para o enfrentamento dos desafios do pós-pandemia.
Como a população pode ver no primeiro turno, sou uma mulher técnica, de gestão. Tenho 33 anos lidando com posições administrativas e de gestão na Universidade de São Paulo, onde fui reitora de 2005 a 2009, e também experiências internacionais. Tenho conhecimento e experiência para realizar as transformações necessárias na administração da prefeitura de Ribeirão. Minha intenção é reconstruir a cidade que aprendi a amar, que muitos amam e hoje não se reconhecem. Sentem falta do turismo que nunca se consolidou, do esporte esquecido e são nostálgicos da cultura pujante.
Termino agradecendo aos mais de 52 mil ribeirãopretanos que querem mudanças e saíram de casa para depositar seu voto em mim. A população conheceu meu perfil no primeiro turno, se identificou e me levou para o segundo turno. Agora, é continuar com uma campanha propositiva e mostrando o que não pode continuar. Quero de antemão, pedir o voto de todos os demais eleitores para nos ajudar a fazer uma cidade menos desigual, sustentável, criativa, educadora e humana. Esse é o nosso compromisso. Conto com vocês”.
Segundo turno
O segundo turno das eleições 2020 ocorrerá em 54 das 95 localidades com mais de 200 mil eleitores, sendo 18 capitais. Marcado para 29 de novembro, 13 dias após a primeira votação, é menor intervalo da história. Normalmente, o período é de três a quatro semanas. O calendário apertado foi aprovado pelo Congresso em função do adiamento provocado pela pandemia de covid-19. Na região, além de Ribeirão Preto, Franca terá a segunda rodada eleitoral.
Os números em Ribeirão Preto
Segundo os números oficiais do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 143.337 dos 441.845 eleitores aptos não foram às urnas, provocando um índice recorde de 32,4% de abstenções. Em 2016 o índice foi de 27,5%.Dos que compareceram 252.286 (84,52%) escolheram um dos nove candidatos à prefeito. Votaram em branco 16.000 eleitores (5,36%) e 30.222 anularam o voto (10,12%).