Foi anunciada uma troca no comando da Secretaria Municipal de Saúde. O Sindicato dos Servidores Municipais /RPGP espera que o gestor escolhido para assumir o cargo tenha, no mínimo, bom senso! Se o novo secretário municipal da Saúde for um gestor de bom senso, ele saberá que é preciso reconhecer a importância e o papel dos servidores e empregados públicos municipais, dos mais variados níveis e das múltiplas carreiras do funcionalismo.
Na atual crise sanitária, os profissionais da saúde são lembrados e homenageados pela sociedade pelo desempenho. São os servidores e empregados públicos que aplicam vacinas, estão mobilizados nas ruas, fazendo visitas domiciliares, levando informações sobre prevenção e cuidados e visitando casos críticos em casa. São estes trabalhadores que, todos os dias, colocando em risco a própria vida, nos asseguram um enfrentamento correto da Covid-19 e de uma série de outras doenças.
Sobretudo num contexto em que o chefe máximo da nação desconsidera a ciência e o conhecimento técnico, baseando-se apenas em achismos para a tomada de decisões. Se o novo secretário municipal da Saúde for um gestor de bom senso, ele saberá ouvir os trabalhadores e conversará francamente com o Sindicato dos Servidores Municipais, representante do conjunto da categoria.
Os profissionais da saúde municipal estão nas posições mais arriscadas: enfrentam doenças e infecções diariamente e, em geral, trabalham próximos uns dos outros e de seus pacientes. À medida que os casos de infecções pela Covid-19 cresceram, empresas e instituições públicas e privadas fecharam fábricas, escritórios, lojas e mandaram os trabalhadores para casa, na tentativa de diminuir a disseminação. Isso não ocorreu na saúde. Pelo contrário: quanto maior o estrago provocado pela doença, maior era a carga de trabalho dos nossos servidores.
Enquanto o Brasil ainda enfrenta a grave crise sanitária e a permanente crise na saúde, o novo secretário municipal da pasta deverá ser lembrado que enquanto alguns grupos privados são investigados na CPI do Senado Federal por abreviarem a vida de pessoas que ainda poderiam ser salvas, foi exatamente o serviço público que atuou e atua salvando vidas da maioria dos brasileiros.
O novo secretário municipal de saúde será alertado que o congelamento de salários imposto aos servidores não é justo e nem aceitável. Também não aceitaremos medidas unilaterais e mal explicadas como o fechamento do Pronto Socorro Central e a transferência dos profissionais experientes e capacitados que atuavam na UBDS da Vila Virgínia.
O novo secretário municipal da saúde será também informado sobre a preocupação do Sindicato com o aumento de casos de servidores e empregados públicos da saúde afastados por causa de Covid-19 em Ribeirão Preto. A entidade cobrará o máximo empenho do novo comandante da pasta em garantir a imediata vacinação com terceira dose do imunizante mais adequado aos trabalhadores que atuam na linha de frente do combate à Covid-19.
A melhor forma do novo secretário municipal transformar a pasta que irá comandar é torná-la menos desigual e mais fraterna e aberta ao diálogo e à negociação. Em suma, um lugar de trabalho melhor para todos, inclusive para ele próprio!