Tribuna Ribeirão
Geral

População do Brasil atinge 203.062.512

TOMAZ SILVA/AG.BR.

A população brasileira to­talizava 203.062.512 pessoas em 31 de julho do ano passado, segundo os dados do Censo Demográfico 2022, divulgados nesta quarta-feira, 28 de junho, pelo Instituto Brasileiro de Ge­ografia e Estatística (IBGE). Apesar de uma forte perda de fôlego no ritmo de crescimen­to populacional, o resultado significa um aumento de 6,5% em relação aos 190.732.694 contados em 2010.

São 12.329.818 pessoas a mais em pouco mais de uma década. O montante ficou significativamente aquém das estimativas preliminares entre­gues pelo IBGE ao Tribunal de Contas da União (TCU), em 28 de dezembro do ano passado, quando o instituto informou a existência de 207.750.291 pes­soas no Brasil, população cal­culada já com base em dados preliminares coletados pelo Censo 2022.

O estado de São Paulo soma 44.420.459 habitan­tes. São 3.158.260 a mais que os 41.262.199 moradores de 2010, crescimento de 7,65%. Em 31 de julho do ano passa­do, a Região Sudeste contava com 84.847.187 pessoas – além dos paulistas, entram na conta Minas Gerais (20.538.718), Rio de Janeiro (16.054.524) e Espírito Santo (3.833.486) –. São 4.482.777 acima das 80.364.410 de doze anos atrás, aumento de 5,58%. A taxa anu­al de crescimento é de 0,45%.

Segundo o instituto, ainda não foi possível mensurar se a perda de vidas para a covid-19, que superou 700 mil mortes confirmadas pela doença no Brasil, afetou significativamen­te o crescimento populacional no país. Os dados ainda estão sendo analisados por técnicos do IBGE, informou o presi­dente interino do instituto, Ci­mar Azeredo.

A queda na taxa de fecun­didade, que mede o número de filhos nascidos vivos por mulher em idade reprodutiva, já vinha desacelerando o au­mento da população brasilei­ra, lembra o IBGE. De 2010 a 2022, a taxa média de cresci­mento anual da população do país foi de 0,52%, a mais baixa já vista desde que o primeiro Censo foi conduzido no Brasil, em 1872.

Entre 2000 e 2010, a taxa média de crescimento popula­cional anual era de 1,17%, mais que o dobro da atual. O núme­ro de lares aumentou mais nos últimos doze anos do que o de habitantes no país. As famílias ficaram mais enxutas, com menos gente vivendo sob o mesmo teto, na média geral da população, segundo os dados do Censo Demográfico 2022.

O Brasil chegou à marca de 90,688 milhões de domicílios no ano passado. O resultado significa um salto de 34% em relação aos 67,570 milhões de lares encontrados no Censo 2010, o equivalente a 23,118 milhões de lares a mais em pouco mais de uma década. No mesmo período, a popula­ção brasileira cresceu 6,5%. O IBGE concluiu que as pessoas estão trocando as pequenas e grandes cidades pelas de mé­dio porte.

Todos os 5.568 municí­pios brasileiros, mais dois distritos (Fernando de Noro­nha e Distrito Federal), num total de 5.570 localidades, receberam visita de recen­seadores. Segundo o IBGE, foram visitados 106,8 mi­lhões de endereços em 8,5 milhões de quilômetros qua­drados. Foram respondidos 79.160.207 questionários, dos quais 88,9% com 26 quesitos e 11,1% com 77 quesitos. No total, 98,88% das entrevistas foram presenciais; o restante foi pela internet ou telefone.

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