Por: Adalberto Luque
O presidente do Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis da Região de Ribeirão Preto), Célio Antônio Santiago, promete uma manifestação pacífica na próxima sexta-feira (12), quando o secretário da Segurança Pública, Guilherme Muraro Derrite, vem a Ribeirão Preto para participar de um encontro no Sindicato Rural de Ribeirão Preto.
Segundo Célio, o protesto se dá porque a equipe de governo de Tarcísio de Freitas criou uma enorme expectativa em torno de um reajuste salarial para a categoria. “Fizeram um circo. O secretário foi até a ALESP [Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo] e disse que teríamos um índice que iria surpreender a todos. Também disse que a data-base da categoria, que é 01 de março, seria respeitada, pela primeira vez em muitos anos. E isso não aconteceu”, explica.
Célio disse que os policiais civis chegaram a acreditar nas promessas. Mas com a demora em apresentar a proposta na ALESP, a categoria percebeu que a data-base não seria respeitada, como de fato não ocorreu. “O governador só apresentou a proposta no dia 02 de maio e decepcionou com os índices diferenciados. Nosso entendimento é que seria mais justo um índice igual para todos os policiais civis, fazendo justiça a todos e não colocando em risco a hierarquia”, analisa o presidente do Sinpol.
O sindicato também pretende entregar um documento com outros sete pontos apontando distorções entre a Polícia Militar e a Polícia Civil. “Em caso de morte, a viúva do PM recebe 100% do salário. Já a viúva do policial civil recebe 50% mais 10% por dependente menor. A alíquota da previdência é de 10,5% para os PMs e 16% para os policiais civis. A ajuda de custo alimentação para um PM pode chegar a quase R$ 1.200, enquanto que para o policial civil o máximo é R$ 600. E por aí vai. Queremos que o secretário reveja essa situação”, conclui Célio.