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Polícia investigará festas do premiê Boris Johnson

ADRIAN DENNIS/REUTERS

O escândalo que ameaça derrubar o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, se aprofundou na terça-feira, 25 de janeiro, com a abertura, pela Polícia Metropolitana de Lon­dres, de uma investigação cri­minal sobre as festas realizadas em Downing Street, a residência oficial do premiê e sede do go­verno, onde os participantes po­dem ter violado as leis anticovid.

O premiê prometeu coo­perar plenamente com a in­vestigação. As alegações de que festas tinham sido realizas em Downing Street, durante o período em que os britâni­cos tiveram de se isolar em casa, surgiram em dezembro e aumentaram desde então.

Do lockdown anunciado por Johnson, no dia 23 de março de 2020, até abril do ano pas­sado, houve pelo menos 14 festas em Downing Street, en­tre elas uma pelo aniversário do premiê e outra na véspera do funeral do príncipe Philip, marido da rainha Elizabeth II.

Segundo a chefe da Polícia Metropolitana, Cressida Dick, as investigações serão realiza­das a pedido de membros do Parlamento. A polícia londrina foi muito criticada por não in­vestigar as infrações das regras anticovid e acusada de fechar os olhos para as evidências de várias festas em Downing Stre­et, apesar da presença perma­nente de agentes na entrada.

O premiê é acusado de ter participado de alguns dos even­tos e de ter mentido a respeito da existência das festas, além de ter quebrado as próprias regras an­ticovid. Cressida disse que, nos últimos dias, o gabinete forne­ceu à Polícia Metropolitana da­dos sobre o inquérito conduzido por Sue Gray, uma funcionária do alto escalão do governo.

Relatório
As conclusões de Gray de­vem ser divulgadas até o fim desta semana, já que a Polícia Metropolitana disse que elas não devem interferir em suas investigações, que podem le­var semanas para serem con­cluídas. Muitos parlamentares estão aguardando os resulta­dos do inquérito de Gray para decidir se enviarão cartas pe­dindo uma moção de descon­fiança contra Johnson.

O premiê e sua equipe po­dem ser alvo de sanções se as investigações concluírem que as restrições adotadas para conter a pandemia foram vio­ladas. Cressida disse que al­guns dos envolvidos podem ser alvo de ações disciplinares ou multas. O gabinete do pri­meiro-ministro confirmou que os eventos ocorreram, mas ne­gou que eles violassem os regu­lamentos anticovid.

Censura
São necessárias 54 cartas de parlamentares do Partido Con­servador para a abertura de um voto de desconfiança contra o premiê. Se 180 ou mais parla­mentares votarem contra John­son em uma votação secreta, ele será forçado a renunciar. Até agora, apenas oito deputados conservadores pediram publica­mente a saída de Johnson.

Um deles é Christian Wa­keford, que deixou o partido e se juntou à oposição trabalhis­ta. Outro parlamentar rebelde, William Wragg, disse na sema­na passada que vários de seus colegas foram intimidados ou chantageados por funcionários do partido ou ministros para não enviarem cartas pedindo a moção contra Johnson.

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