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Polícia investiga diversos crimes

Otoniel Lima (PRB), que presidiu na Câmara de Verea­dores a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do chamado “pu­xadinho”, que investiga possíveis irregularidades na construção do prédio anexo do Legislativo, de­pôs na tarde desta terça-feira, 19 de setembro, na Delegacia Sec­cional de Polícia Civil de Ribei­rão Preto, em inquérito aberto a pedido do Ministério Público Estadual (MPE).

Lima foi ouvido pelo delega­do Marco Antonio Salles, a quem relatou tudo o que se passou no âmbito da CPI, cujo relatório final recomendou a rescisão do contra­to com a Cedro Construtora, res­ponsável pela obra. Ele entregou ao delegado uma cópia do relató­rio final que inclui dois laudos de engenharia, um sustentando que todo o dinheiro repassado à em­presa foi efetivamente aplicado no prédio, e outro relacionando itens constantes do cronograma que não foram executados.

Segundo o vereador, a Polícia Civil terá condições de aprofun­dar as investigações já feitas pela Câmara. “A CPI não tinha como ir mais fundo, não temos instru­mentos como os da polícia, que pode pedir a quebra do sigilo fiscal e telefônico dos envolvidos, pode até mesmo pedir a prisão de quem estiver atrapalhando”, destaca.

Ele diz que o inquérito poli­cial vai apurar possíveis crimes de organização criminosa, frau­de em licitação, corrupção ativa e passiva e falsificação de do­cumento – um ofício que teria beneficiado a empresa respon­sável pelo projeto continha o timbre e o brasão da Prefeitura e a assinatura do ex-presidente Walter Gomes (PTB), preso em Tremembé), que nega ter assina­do o documento.

O relatório final da CPI do Anexo determinou a rescisão do contrato com a Cedro Constru­tora, mas a Câmara de Ribeirão Preto ainda não pode dizer se vai propor um novo acordo com a empresa porque aguarda parecer do MPE, que deve ser anunciado em 90 dias. As obras do “puxadi­nho”, idealizado pelo ex-presidente Walter Gomes, foram paralisa­das no segundo semestre do ano passado – já consumiu 94,1% do valor previsto em contrato e está longe de ser concluída.

A vencedora da licitação, a Cedro Construtora, já recebeu R$ 6,4 milhões do total de R$ 6,8 milhões (faltam pouco mais de R$ 420 mil), mas a empresa diz que só consegue finalizar a inter­venção com aporte e R$ 1,7 mi­lhão. O novo edifício abrigará os novos gabinetes, já que Ribeirão Preto ganhou mais vereadores nesta legislatura. A obra de cinco mil metros quadrados começou em 2015 com prazo para entrega em agosto de 2016.

Além de recomendar a resci­são do contrato com a empresa, a CPI pediu encaminhamento de cópias do relatório ao MPE e ao Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE/SP). A Cedro disse em nota que “segue reafir­mando seu compromisso com a conclusão da obra e acredita que a continuidade do contrato é a solução técnico-econômica mais viável para atingir este objetivo”.

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Redação 1

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