A Polícia Civil investiga um casal suspeito de ter colocado fogo em uma mata próxima ao Campus da USP de Ribeirão Preto, no dia 16 de setembro. Até o momento, ninguém foi preso. O homem, de 38 anos, e a mulher, de 41 anos, foram ouvidos e liberados.
De acordo com informações do delegado do caso, Haroldo Chaud, o incêndio teve início após o casal colocar fogo em alguns papeis e jogar pelo local. No entanto, agentes de segurança da universidade, por meio de imagens, perceberam a ação da dupla e conseguiram controlar as chamas, que atingiram cerca de 150m².
Na oportunidade, o casal foi embora do local, porém, foi localizado após a realização de um boletim de ocorrência, no qual foi informada a placa do automóvel utilizado pelos suspeitos.
Ao serem localizados, estes foram levados até a delegacia de polícia, onde foram questionados sobre o ocorrido. “Durante as indagações, eles informaram que estavam no local com o propósito de queimar cartas de fiéis. Porém, esse gesto acabou provocando o incêndio. Talvez eles nem desejassem, mas podiam ter presumido”, disse Chaud.
O delegado relatou que laudos da investigação estão sendo aguardados para, eventualmente, serem todas outras providências. “O caso está esclarecido. Pela versão deles, foi involuntária [a proporção do incêndio]. Nessa fase, não há necessidade de prisão, porque eles foram ouvidos e não ofereceram resistência”, comunicou Chaud.
No entanto, o delegado ressalta que o caso também será analisado pelo Ministério Público, que decidirá se a modalidade do crime foi dolosa ou culposa. A partir disso, se darão os desdobramentos.
O Tribuna entrou em contato com a assessoria de comunicação da USP, que informou que o incêndio não chegou a causar nenhum dano a estrutura da universidade, pois foi rapidamente identificado pelas câmeras de monitoramento.
“Não foi necessário acionar o corpo de bombeiros, a brigada de incêndios do Campus conseguiu debelar o início de incêndio”, finalizou.