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Polícia investiga agressão a médico

A Polícia Civil investiga a grave agressão sofrida por um médico ginecologista e obstetra na quarta-feira, 3 de janeiro, na Unidade Campus do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) – vinculada à Univer­sidade de São Paulo (USP). O agressor, segundo boletim de ocorrência (BO), registrado no mesmo dia, foi um vendedor de 37 anos, pai de um menino que teria nascido com problemas respiratórios resultantes de com­plicações no parto.

O médico não participou di­retamente da cesariana porque chefiava o turno do plantão no momento que a esposa do acu­sado deu entrada no Centro de Referência em Saúde da Mulher (Mater) já em trabalho de par­to, no período da manhã de 1º de janeiro. Relata o documento que a gestante foi submetida ao procedimento invasivo – cesá­rea – devido a complicações no parto, que provocaram no bebê problemas respiratórios.

A criança foi transferida para o centro neonatal do HC, como exigia a necessidade em decorrência do quadro clínico. O bebê está internado no Cen­tro de Terapia Intensiva (UTI) e seu quadro é considerado estável. Na manhã de quarta-feira (3), o médico trabalhava na unidade quando foi, segundo a denúncia, admoestado pelo pai da criança.

O agressor teria questionado se o obstetra sabia do ocorrido e o agrediu no corredor do hos­pital. Segundo o BO, a “vítima alega que o autor não chegou a questionar o parto do filho e, de imediato, passou a agredi-lo fi­sicamente, desferindo um soco em seu rosto, e em decorrência disso perdeu a consciência e so­freu várias fraturas”.

O médico está em casa e tem cirurgia marcada para a próxi­ma semana devido às fraturas. A vítima foi submetida ao exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) e recebeu orientação para permanecer em repouso – está afastado das ativi­dades profissionais. O vendedor fugiu do local.

Um grupo de funcionários da Mater insinuou no WhatsApp: “O pai conseguiu fugir, ninguém sabe onde ele está, se ele vai voltar, está aquela situação. Fiquem todos atentos, não andem sozinhos, todo cuidado é pouco, o suspeito já tem passagem pela polícia, e é isso aí…”
O áudio relata também que o vendedor teria ameaçado uma residente durante os preparati­vos para a cesárea. A Delegacia Seccional de Polícia Civil infor­mou que “o fato está sendo in­vestigado pela Central de Polícia Judiciária (CPJ) Oeste”.

A assessoria de imprensa do HC, por sua vez, divulgou nota com o seguinte teor: “O Hospital das Clínicas está levantando in­formações mais precisas sobre o ocorrido. Pelo apurado até o mo­mento, o médico foi agredido pelo pai ao prestar esclarecimentos so­bre o estado de saúde da criança. O médico sofreu fraturas e passará por cirurgia. A criança continua internada sob os cuidados da equipe do Hospital das Clínicas.”

O Centro Médico de Ribeirão Preto divulgou uma nota de re­púdio e a Secretaria de Estado da Saúde também emitiu comunica­do. “A direção da Mater esclarece que prestou todo o atendimento necessário à paciente T.S.B. em to­dos os momentos, desde o pré­-natal, feito pela unidade após a 37ª semana de gestação (entre novembro e dezembro), bem como na data de internação para início do trabalho de parto, em 31 de dezembro de 2017”.

E finaliza: “A paciente passou por cesárea e, após o procedimen­to, foi solicitada transferência de mãe e bebê para o Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, servi­ço capacitado para atender casos de maior complexidade. Ambas estão sendo assistidas pelo HC. A Mater repudia quaisquer atos de agressão contra médicos e profis­sionais de saúde”.

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