A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira, 8 de março, em Ribeirão Preto, a Operação Dupla Identidade para reprimir crimes de estelionato que estavam sendo praticados por uma associação criminosa contra a Previdência Social.
No total, quatro mandados de prisão preventiva e quatro de busca e apreensão foram cumpridos na cidade de Ribeirão Preto. Três suspeitos foram detidos e um está foragido. As investigações tiveram início após o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) encaminhar para a PF diversas informações que indicavam a ocorrência de fraudes na concessão do Benefício Assistencial Amparo Social ao Idoso, mediante a utilização de documentos falsos.
Pela Unidade de Inteligência da Polícia Federal em Ribeirão Preto foi apurado que os criminosos cooptavam indivíduos analfabetos ou de baixíssima escolaridade e, prometendo-lhes vantagens ínfimas, forneciam documentos falsos e os acompanhavam até as agências do INSS, onde eram requeridos os benefícios assistenciais e, com isso, levantados os valores indevidos.
No decorrer das investigações foi feita a prisão em flagrante, em 15 de setembro do ano passado, de cinco indivíduos que tentavam praticar o golpe acima citado na agência do INSS na cidade de Orlândia. A quantidade de benefícios obtidos fraudulentamente e os prejuízos causados ao INSS ainda serão objeto de apuração.
“Vamos cruzar os dados que conseguimos com os da Previdência Social. Com as fotos das pessoas, vamos tentar levantar o valor do golpe”, diz o delegado superintendente da PF na região, Edson Geraldo de Souza.
Segundo o delegado, o valor médio dos benefícios é de aproximadamente R$ 1 mil (o salário mínimo atual vale R$ 954). O grupo repassava cerca de R$ 150 às pessoas que emprestavam fotos para a produção de identidades falsas, cerca de 15%.
Os investigados responderão, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de estelionato qualificado e associação criminosa podendo as penas atingirem até nove anos e oito meses de reclusão. As pessoas que emprestaram documentos e falsos também podem responder pelo mesmo crime.
Foto: Lucinho Mendes
O delegado da Polícia Federal, Edson Geraldo de Souza