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Polícia Civil confirma identidade do homem que detonou explosivos em Brasília

O carro envolvido na explosão ocorrida na noite desta quarta-feira (13), em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) pertence a Francisco Wanderley Luiz, conhecido como Tiu França, de Rio do Sul (SC). O boletim de ocorrência da Polícia Civil do DF confirma que o homem que morreu é o dono do carro.

Tiu França foi candidato pelo Partido Liberal (PL) ao cargo de vereador do município de Rio do Sul em 2020.

Explosão

Policiais militares fizeram uma varredura na Praça dos Três Poderes após duas explosões terem ocorrido na noite desta quarta-feira perto do prédio do STF.

O acesso de pedestres e carros à Esplanada dos Ministérios foi fechado em decorrência das explosões, que ocorreram por volta das 19h30.

Em nota, o STF disse que foram “ouvidos dois fortes estrondos ao final da sessão e os ministros foram retirados do prédio com segurança”. “Os servidores e colaboradores também foram retirados por medida de cautela”, acrescenta. O público que participava da sessão que analisava ação sobre letalidade policial em favelas foi retirado às pressas. As explosões foram ouvidas após o encerramento da sessão.


O casoA Praça dos Três Poderes, em Brasília, foi palco, por volta das 19h30 desta quarta-feira, 13 de novembro, de pelo menos duas explosões que geraram apreensão e correria no prédio do Supremo Tribunal Federal (STF). O estrondo forte foi ouvido no Palácio do Planalto e prédios próximos, como Congresso Nacional, com muita fumaça. Ao final, pelo menos uma pessoa morreu. O corpo da vítima ainda estava no local às 20h45 de ontem. 
 
Uma testemunha que passava pelo local no momento, Layana Costa, funcionária do Tribunal de Contas da União (TCU), disse que houve uma primeira explosão e a segurança do STF tentou abordar um homem que estava no local com uma sacola. Em seguida, uma segunda explosão acabou afastando a segurança e uma pessoa acabou sendo atingida. Ainda não há informações precisas se a vítima seria o mesmo homem que carregava uma sacola no local. 
 
O corpo da vítima da explosão estava caído na Praça dos Três Poderes, mais próximo do STF. Muitas viaturas do Polícia Militar, Bombeiros e Polícia Judicial foram ao local e o trânsito foi bloqueado nas proximidades. Em nota, a Polícia Civil do Distrito Federal confirmou a explosão e informou que deu início às investigações. 
 
A Polícia Civil do Distrito Federal informa que policiais da 5ª Delegacia de Polícia estão no local onde ocorreu a explosão de um artefato em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) na noite desta quarta-feira (13). A PCDF já deu início às primeiras providências investigativas e a perícia foi acionada ao local.” 
 
O barulho pôde ser ouvido tanto do prédio do Supremo como do Palácio do Planalto. Na sede do STF, os servidores foram levados por seguranças para uma sala segura. Nas redes sociais também já circulam imagens de um carro explodindo no estacionamento da Câmara dos Deputados. Essa segunda explosão ocorreu em região que também fica próxima à Praça dos Três Poderes. 
 
Segundo relatos de servidores do STF, após ser ouvida a explosão perto do prédio, seguranças também teriam cuidado do isolamento do edifício e assegurado que ministros da Corte fossem escoltados para outro local fora do prédio em segurança. Em nota, o Supremo Tribunal Federal também confirmou as explosões.  
 
“Ao final da sessão do STF desta quarta-feira (13), dois fortes estrondos foram ouvidos e os ministros foram retirados do prédio em segurança. Os servidores e colaboradores do edifício-sede foram retirados por medida de cautela. Mais informações sobre as investigações devem aguardar o desenrolar dos fatos. A Segurança do STF colabora com as autoridades policiais do DF”, diz a nota 
 
Segundo policial militar que estava no local, foram encontrados dentro de um carro próximo à Praça dos Três Poderes vários artefatos explosivos. Conforme relato do sargento Santos, da PM do DF, os policiais chegaram a avistar um homem saindo correndo do carro, mas acreditaram que ele estava fugindo do fogo.  
 
O princípio de incêndio foi contido por seguranças que estavam próximos. O mesmo sargento disse acreditar que o homem que saiu correndo do carro seria o mesmo que morreu próximo ao STF. “O carro tem uma espécie de bomba. Tem vários explosivos fracionados e amarrados com tijolo em volta, só que não teve ignição total dos explosivos”, disse o policial.  
 
“O indivíduo saiu correndo e acreditamos que ele estava saindo dali. Me parece que é a mesma pessoa que tentou detonar uma explosão aqui (no carro), não conseguiu e correu para o STF. Acreditamos que seja a mesma pessoa que está morta”, acrescentou o sargento Santos. 
 
O ministro da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, disse que a Polícia Federal vai investigar “com rigor e celeridade” as explosões. Na avaliação do ministro, trata-se de “ataques contra o Supremo Tribunal Federal e a Câmara dos Deputados”. 
 
Repudio com toda a veemência os ataques contra o STF e a Câmara dos Deputados. Manifesto minha solidariedade aos ministros e parlamentares. A Polícia Federal investigará com rigor e celeridade as explosões no perímetro da praça dos três Poderes. Precisamos saber a motivação dos ataques, bem como restabelecer a paz e a segurança o mais rapidamente possível”, escreveu no X (antigo Twitter). 
 
O gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência República informou, em nota, que agentes do próprio GSI e do Exército reforçariam a segurança no local. A Polícia Federal instaurou inquérito. Um batalhão especial fez uma varredura na noite de ontem em busca de material explosivo.  
 
O deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) decidiu suspender a sessão no plenário da Câmara, presidida por ele no momento Solicitou que os presentes na não deixassem o prédio e aguardassem orientações das forças de segurança. No momento das explosões, os deputados apreciavam uma Proposta de Emenda à Constituição que amplia a imunidade tributária às igrejas. O Parlamento foi evacuado. O Palácio da Alvorada foi bloqueado. 
 
André Richter/Ag.Br. 
O corpo da vítima ainda estava no local às 20h45 de onte: GSI e Exército reforçaram a segurança, batalhão fez varredura e PF instaurou inquérito 
 
 

 

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