Por: Adalberto Luque
A Polícia Civil divulgou, na noite desta quinta-feira (26), que prossegue com as buscas pelo advogado Alexandre Luís Maturana, considerado foragido da Justiça desde 27 de maio de 2021, quando se esgotaram as possibilidades de recurso por sua condenação. Maturana foi considerado culpado pela morte do adolescente Rubem Falconi de Oliveira, em 2008.
Na época, Maturana era estudante de direito, mas durante o processo, concluiu o curso e passou a exercer a profissão de advogado. Em 06 de dezembro de 2016, foi condenado a 14 anos de reclusão. Após vários recursos, em 27 de maio de 2021, com processo transitado em julgado, ele passou a ser considerado foragido.
Segundo o delegado Kleber de Oliveira Granja, responsável pela Divisão Especializada de Investigações Criminais, em 21 de junho de 2021 a Delegacia de Homicídios realizou diversas diligências nos endereços fornecidos à Polícia Civil e à Justiça Criminal, mas o homem não foi encontrado.
Desde então, várias buscas foram feitas. Em dezembro de 2023, o Grupo de Operações Especiais (GOE) fez novas incursões, mas também não encontrou o condenado. “Referido mandado de prisão em aberto consta inserido junto ao Banco Nacional de Mandados de Prisão do Conselho Nacional de Justiça. Prosseguem as investigações pela Polícia Civil do Estado de São Paulo”, relatou o delegado.
Granja pede à população que utilize o Disque Denúncia WhatsApp para ajudar a localizar Maturana. As denúncias são sigilosas. Os números são: (16) 98142-9308 (Homicídios); (16) 99181-7603 (DIG) ou 99148-1544 (DISE). Ele acrescentou que as buscas para capturar Maturana continuam.
Relembre o caso
Rubem Falconi de Oliveira tinha 16 anos. Foi atropelado pelo veículo conduzido por Maturana, que na época tinha 24 anos e era estudante de direito na madrugada de 1º de maio de 2008.
Maturana estava em uma festa em um clube localizado no Anel Viário Norte. Ao chegar ao estacionamento, viu um grupo de adolescentes fugindo após arrombar seu veículo. A Justiça concluiu que ele foi atrás dos adolescentes. No bairro Orestes Lopes de Camargo, Rubem foi atropelado pelo carro de Maturana. O então estudante de direito alegou que atingiu o adolescente por acidente.
A perícia concluiu que o atropelamento foi intencional por achar que o jovem estava com os adolescentes que mexeram em seu carro. Rubem morreu pouco depois, enquanto era atendido em um hospital. Maturana chegou a ser preso preventivamente, mas sua defesa recorreu e ele respondeu ao processo em liberdade. Com o final da possibilidade de recursos, passou a ser considerado fugitivo da Justiça.