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Polêmica que vai e volta

Domingo, dia de tranquilidade para a grande maioria. Mas, o último domingo foi agitado e de muitos debates. Não por causa do futebol ou pela Copa do Mundo. A política voltou ao palco principal e com um dos personagens mais controversos dos últimos anos: o ex-presidente Lula.

O político que foi preso por causa do famoso caso do Triplex do Guarujá, condenado pelo juiz Sérgio Moro, quase foi solto por uma decisão de um juiz plantonista do Tribunal Regional Federal do Paraná. Isso mesmo: um juiz que estava lá só de plantão, sem estar ligado diretamente ao processo, deu uma canetada que jogou gasolina nos ânimos nacionais. O caso monopolizou as redes sociais em tempos que tudo era dominado por Neymar e suas quedas mirabolantes na Copa do Mundo.

A discussão em si não é aquela que já existe há tempos, debatendo se a prisão foi justa ou se Lula precisa ganhar a companhia de outros políticos na cadeia. Até hoje não existe um consenso sobre esse cenário. A pergunta que fica é a seguinte: “porque um juiz plantonista toma uma decisão tão polêmica assim?”.

Para muitos, a explicação ocorreu até porque 2010 o juiz era filiado ao PT e tudo não passou de uma estratégia do PT para agitar o cenário eleitoral. Tanto é que o pedido de soltura foi apresentado por deputados do partido, e não pela defesa do ex-presidente.

Durante o dia, os movimentos do juiz Sérgio Moro tam­bém apagaram o incêndio com gasolina. Mesmo estando de férias em Portugal, ele emitiu uma nota questionando a com­petência do juiz plantonista. Lembrando que Sérgio Moro é juiz de primeira instância e abaixo de qualquer decisão do Tribunal Regional. É claro que tudo isso ganhou as redes sociais, tentando atingir a imagem do juiz da Lava Jato.

No fim do dia, o ato final foi uma decisão do presidente do Tribunal Regional mantendo o ex-presidente preso. Mas, o incêndio já era de enormes proporções. O clima eleitoral já havia tomado as redes sociais. E como o Brasil já disse adeus à Copa, será assim até outubro.

O desejo daqui para frente é que o debate seja de ideias. Que os próximos capítulos sejam tomados por soluções para o Brasil. Depois da crise dos combustíveis que parou o país por alguns dias, porque usar tanta gasolina para apagar incêndios?

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